quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ela, a maçã, um delicioso e eficiente benefício pra saúde


a maçã faz emagrecer até 2 kg por semana. ela proporciona sensação de saciedade, derrete a gordura corporal e, dependendo do tamanho, cada fruta carrega, apenas, entre 60 e 110 calorias.
diz o ditado: uma maçã por dia mantém o médico longe.
claro!!! ela contém propriedades antioxidantes, ou seja, evita o envelhecimento, limpa a boca proporcionando hálito agradável e protege o organismo de doenças.

fica a dica: quando deixei de lado um maço de cigarros pela metade, certa de que não voltaria a recorrer a ele, jamais!!! foi por pura teimosia e obstinação. assim como começou, acabou. portanto, não houve necessidade de recorrer a algum subterfúgio anti-compulsão: simplesmente decidi largar de fumar.
no entanto, o medo de engordar fez com que eu adotasse a maçã como substituta dos cigarros.
depois de tudo, continuo comendo maçãs e indico a prática, pois, acredito que o croq-croq das mordidas podem distrair aos que enfrentam dificuldade em largar o vício.
e foi assim que eu confirmei: comer maçã distrai e emagrece.

quer saber sobre o emagrecimento???
comendo uma maçã 15 minutos antes de cada refeição, vamos consumir até 200 calorias a menos.
da maçã, as fibras - responsáveis por preencher nosso estomago - e a pectina - substância que ajuda a controlar o colesterol - são os mais convincentes argumentos.
as fibras dão a mágica sensação de saciedade, afastando a fome. a pectina age como um raspador e eliminador da gordura corporal, não permite que o corpo estoque gordura, além de reduzir a absorção de açúcar. ela prolonga a digestão fazendo com que a fome demore a voltar, por mais de quatro horas.
portanto, a ação dessas duas substâncias reduz a fome, diminui o consumo de calorias e faz perder gordura.

as maçãs orgânicas, ideais para o consumo, são mais caras, e as maçãs comuns precisam ser tratadas para que fiquem saudáveis, livres dos agrotóxicos.
lave-as, delicadamente, com uma esponja macia e detergente neutro ou sabão de coco. enxague muito bem e deixe-as de molho, por meia hora, em uma vasilha com 1 litro d'água e uma colher de sopa de bicarbonato de sódio - o ph do bicarbonato, mais ácido, vai eliminar os produtos químicos depositados na casca da maçã. enxugue e guarde em vasilha com tampa bem fechada.
na hora de comer, retire com uma faca de ponta fina, o conezinho com a casca em torno do cabinho da fruta. aquela cavidade é como uma panelinha, onde se concentra uma considerável quantidade de agrotóxico, devido à forma como a maçã fica pendurada na macieira.

boa lembrança: conserve-as em geladeira, dentro de vasilha com tampa, e elas durarão por muito tempo - 15 dias.

porém, em contrapartida a tantos benefícios emagrecedores, a maçã se presta a receitas gulosas. e, utilizando ingredientes de qualidade, dá pra fazer prevalecer a alegria e começar o regime na segunda-feira, sem qualquer culpa.
curiosidade ... conheça, aqui, o tom-apple

agora, basta de conversa e mãos à obra com a dose dupla de bolo de maçãs.
primeira receitaingredientes
1 1/3 xícaras de óleo de canola
3 xícaras de farinha de trigo integral
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de sal
2 xícaras de açúcar cristal
3 ovos
4 maçãs médias, descascadas, sem sementes, cortadas em cubos médios
1 xícara de chá de passas sem semente ou ameixas pretas, também sem as sementes, cortadas ao meio
canela em pó a gosto

como preparar???
unte uma forma de buraco no meio, com margarina e farinha de rosca.
ligue o forno e deixe aquecendo, em temperatura média - cada forno tem uma dona, e o meu é preaquecido a 180 graus.
coloque numa travessa, e misture bem, os ingredientes secos: a farinha, o sal, o bicarbonato e a canela.
na batedeira, bata muito bem, em velocidade máxima: os ovos, o açúcar e o óleo. a massa deve ficar lisa e em tom amarelo claro.
acrescente a essa mistura, aos poucos, aquela primeira, dos secos, com a batedeira em velocidade média.
pare de bater e acrescente as maçãs e as passas ou ameixas.
misture tudo muito bem.
leve ao forno e deixe assar até que, ao espetar uma faca, ela sai limpinha.
segunda receita

unte uma forma de buraco no meio e aqueça o forno a 180 graus - lembre-se, cada forno tem uma dona, o meu, 180 graus representa temperatura média.


misture numa travessa:
5 ou 6 maçãs pequenas, descascadas, sem semente, cortadas em cubo - reserve as cascas
1/2 xícara de passas sem semente
2 colheres de açúcar cristal, e canela a gosto. reserve a mistura.
enquanto isso, bata no liquidificador:2 ovos
1 xícara de óleo
as cascas das maçãs
2 xícaras de açúcar cristal. reserve a mistura.
em outra travessa coloque e misture bem:2 xícaras de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento.
junte essa mistura às outras duas reservadas, misture delicadamente e coloque na forma untada. espalhe um pouco de açúcar e canela por cima e leve ao forno preaquecido.


sirva, ambos os bolos, com sorvete, chá, iogurte natural, com mel ou de frutas, suco de frutas, chocolate, café ...

sábado, 30 de outubro de 2010

a receita das sete latinhas



a medida é a latinha pequena de conserva. qualquer uma: milho verde, creme de leite, ervilha, ... mormente porque, alguns dos ingredientes desta receita, estarão acondicionados nelas, nas latinhas.

as sete latinhas
1 lata de creme de leite
1 lata de ervilha
1 lata de milho verde - eu utilizo o milho batido, com sua água, no liquidificador
1 lata de qualquer dos ingredientes:
  • peito de frango desfiado
  • sobrecoxa desfiada
  • presunto picado bem miúdo, ou passado no processador, ou ralado
1 lata de champignon em fatias
1 lata de maionese
1 lata de queijo gorgonzola amassado e/ou ricota amassada
1 colher de sopa do meu tempero ... a receita está aqui

como resolver a encrenca
preaquecer o forno na temperatura média - cada forno é um forno. aqui no lar o preaquecimento é nos 180 graus. untar, com óleo de canola, uma forma ou uma travessa de vidro refratário.
em uma vasilha, misturar os ingredientes e, depois de misturados, colocar a mistura na forma, ou refratário untado. salpicar com queijo ralado e levar ao forno.
servir com batata palha, com arroz branco, com variados tipos de pães ...

domingo, 24 de outubro de 2010

sozinha (o) ou acompanhada (o), faça uma festa, faça um bolo

mais uma receita de bolo que não leva farinha de trigo.

e quando não há comemoração que transforme um bolo em festa, a gente fica sem ele??? claro que não!!!
pensar nele, conferir ingredientes, imaginá-lo pronto, salivar só de lembrar, já são motivos suficientes pra festejar a saída triunfal de um bolo, de dentro do forno.
ele nem precisa começar por aquele creme do açúcar batido, agregado às gemas e à manteiga, tudo recebendo a pureza da farinha, integral ou não, e por fim as claras em neve, e o fermento. todo mundo junto, batido no liquidificador, é uma iniciativa rápida e eficiente. basta que seja realizada com dedicação e disposição. ter vontade de fazer um bolo, já é razão de sobra pra uma enorme festa.
os sabores, os cheiros, a lambança, o prazer, são como convidados chegando, caso você esteja sozinha (o).
e, se na hora de servir, ele estiver lambuzado por algum creme, sorvete ou rodeado por pedacinhos de frutas frescas e/ou secas??? aí sim!!! é o momento de infinito encantamento.

o bolo, diz a lenda, tem origem entre os deuses da grécia antiga, como homenagem a artemis, deusa da caça na mitologia grega. nos bolos feitos em sua homenagem eram colocadas velas como representação do luar.
por outro lado, dizem que o bolo foi criado no egito antigo e os romanos e gregos lhe deram uma feição de festa que foi determinada no renascimento.

quando chegou à alemanha - idade média - os campesinos festejavam o aniversário das crianças, ao raiar do dia, levando à cama dos filhos bolos com velinhas acesas para que eles apagassem ao acordar. isso não significa dizer que o número de velas correspondia ao número de anos do aniversariante. o bolo tinha, sempre, uma velinha a mais, como representação de continuidade da vida.

seu formato, tamanho, foram ganhando significado no decorrer do tempo.
reis e rainhas foram as cobaias que ajudaram a sacramentar a existência do bolo como objeto fundamental das festas, mormente, dos casamentos.
seja como for, de lá pra cá, ele impera como o d'us das comemorações, homenagens ou, simplesmente, para festejar qualquer momento que cada um de nós determine como merecedor de um bolo, em qualquer canto deste planeta.
no lar, todo mês, no dia 19, ao voltar da escola, o meu porrinha era recebido com um bolo de mesaniversário: chocolate coberto com brigadeiro mole, salpicado com confeitos. simples assim!!!

para a receita de agora, antes de qualquer providência, acenda o forno à temperatura média - cada forno é um forno. o meu, eu aqueço a 180 graus.
unte uma assadeira - redonda ou quadrada - pequena. caso seja grande, dobre a receita



a massa é batida no liquidificador
6 ovos
8 colheres de sopa de açúcar mascavo ou refinado
6 colheres de sopa de chocolate em pó - caso utilize nescau, diminua a quantidade do açúcar refinado. o mascavo, menos doce, pode manter a mesma quantidade
100g de margarina - 1 tablete forno e fogão
100g de coco ralado
1 colher de sopa de fermento químico

leve ao forno - pré-aquecido - por 30/40'.

faça uma cobertura/recheio
1 lata de creme de leite, sem o soro - preferencialmente, nestlé
6 colheres de sopa de chocolate em pó ou nescau
5 colheres de sopa de açúcar - reduza pra metade, a quantidade, caso utilize nescau
1 colher de sopa de margarina/manteiga

tudo junto na panela vai pro fogo, até ferver e alcançar o ponto de mingau. é rápido!!!
cubra o bolo ainda quente e na forma.
enquanto quente, fica uma delícia acompanhado de sorvete!
ou, espere esfriar, retire da forma, divida em duas partes, recheie e/ou cubra.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

chorando, eu??? não!!! é a cebola

a culpa é dos sulforetos e enzimas. quando cortamos a cebola, suas células se rompem, e esses elementos, livres!!! misturam-se entre si e dão origem ao ácido sulfénico. volátil, ele se transforma em gás que, em contato com a umidade natural de nossos olhos, provoca uma reação transformando-se em ácido sulfúrico. a defesa de nossos olhos é a irritação e, consequente, produção de mais umidade, as lágrimas, abundantes. e assim se dá ... o choro é compulsivo, desastroso, comovente.
tente algum paliativo:

  1. cortar cebolas em ambiente ventilado ou perto de um ventilador ligado, dispersará o gás.
  2. cortar cebolas mantendo as que as suportam, mergulhadas em uma vasilha cheia d'gua, ou sob água corrente, são alternativas eficientes, e que evitam o torrencial derramamento de lágrimas. o que ocorre é que o ácido sulfúrico vai se formar antes de entrar em contato com a umidade de nossos olhos.
para evitar o choro diário, siga um bom conselho: faça um tempero básico, periodicamente.
receita, aqui ... meu tempero.
aumente a quantidade de cebola, diminua a quantidade de alho, faça do seu gosto. ele tempera arroz, feijão, carnes, peixe, salada - coloque cru ou dê uma fritadinha em azeite de oliva, para temperar folhas, batatas cozidas, qualquer salada.


oda a la cebolla
pablo neruda
retirado de odas elementales
aqui, poema traduzido


cebolla
luminosa redoma,
pétalo a pétalo
se formó tu hermosura,
escamas de cristal te acrecentaron
y en el secreto de la tierra oscura
se redondeó tu vientre de rocío.

bajo la tierra
fue el milagro
y cuando apareció
tu torpe tallo verde,
y nacieron
tus hojas como espadas en el huerto,
la tierra acumuló su poderío
mostrando tu desnuda transparencia,
y como en afrodita el mar remoto
duplicó la magnolia
levantando sus senos,
la tierra
así te hizo,
cebolla,
clara como un planeta,
y destinada
a relucir,
constelación constante,
redonda rosa de agua,
sobre
la mesa
de las pobres gentes.

generosa
deshaces
tu globo de frescura
en la consumación
ferviente de la olla,
y el jirón de cristal
al calor encendido del aceite
se transforma en rizada pluma de oro.

también recordaré cómo fecunda
tu influencia el amor de la ensalada
y parece que el cielo contribuye
dándote fina forma de granizo
a celebrar tu claridad picada
sobre los hemisferios de un tomate.

pero al alcance
de las manos del pueblo,
regada con aceite,
espolvoreada
con un poco de sal,
matas el hambre
del jornalero en el duro camino.
estrella de los pobres,
hada madrina
envuelta en delicado
papel, sales del suelo,
eterna, intacta, pura
como semilla de astro,
y al cortarte
el cuchillo en la cocina
sube la única lágrima
sin pena.
nos hiciste llorar sin afligirnos.

yo cuanto existe celebré, cebolla,
pero para mí eres
más hermosa que un ave
de plumas cegadoras,
eres para mis ojos
globo celeste, copa de platino,
baile inmóvil
de anémona nevada
y vive la fragancia de la tierra
en tu naturaleza cristalina.


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

bolo de chocolate



...
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
..."
- trecho de, tabacaria, poema escrito por álvaro de campos - um dos heterónimos de fernando pessoa -

ingredientes
2 xícaras de farinha de trigo integral ou branca
2 xícaras de açúcar mascávo ou refinado
1 xícara de leite
6 colheres de sopa cheias de chocolate em pó ou achocolatado - com achocolatado o bolo fica mais leve
6 ovos
1 colher de sopa de fermento em pó

como fazer
ligue o forno a 180 graus - temperatura média.
unte um tabuleiro com margarina e farinha de rosca.
bata as claras em neve, inclua as gemas e bate mais um pouco, coloque o açúcar e continue batendo.
junte a farinha, o chocolate em pó, o fermento, o leite, e bata.
coloque no tabuleiro untado e leve ao forno pré-aquecido para assar, até que o palito saia sequinho.


enquanto o bolo assa prepare a cobertura
leve ao fogo, mexendo sempre, até que ferva:
2 colheres de chocolate em pó ou achocolatado
1 colher de margarina
meio copo de leite.
derrame quente, sobre o bolo também quente.


requeri/regina claudia

sábado, 2 de outubro de 2010

galinhada


tipicamente goiano - naquela região, ela é preparada num fogão de lenha, leva guariroba, uma espécie de palmito amargoso, e pequi - a galinhada é o prato amigo da cozinheira. a refeição do prato único.
prestar-se à produção de uma galinha é garantir um prato delicioso, completo, surpreendente, com muitos odores e sabores.
durante a confecção dessa comida boa e aromática, e depois que todos estão fartos, resta pouca louça pra lavar.
a base da galinhada, além da galinha, é arroz, vegetais, açafrão da terra, e muito tempero.
a receita serve 6 pessoas, sem parcimônia, mas pode ser reduzida.

na panela - grande
9 sobrecochas, sem pele, cortadas ao meio
1/2 copo de molho de soja
1/2 copo de pinga
1/2 copo de vinagre de limão
1 copo de água
açafrão da terra e ervas, quais desejar
coloque os ingredientes acima, em uma caçarola grande, e deixe cozinhar até secar o líquido

dando gosto
3 colheres de sopa, fartas, do meu tempero
1 tablete de caldo de galinha
1 tablete de caldo de costela
5 tomates, sem pele, cortados em pedaços grandes
5 pimentões verdes, cortados em pedaços grandes
2 cebolas cortadas em pedaços grandes
4 conchas de arroz
secando a água do frango, acrescente a ele, as 3 colheres do meu tempero e os 2 tabletes - galinha e costela. refogue.
coloque os pimentões, os tomates, as cebolas, incorpore tudo à galinha, mexendo com cuidado, e junte as 4 conchas de arroz, mecha cuidadosamente, misturando. cubra com água, mantenha o fogo baixo e espere o arroz cozinhar.

deite um fio de azeite extra virgem sobre ela, leve à mesa na própria panela, e sirva com farinha de mandioca, com tutu de feijão, com molho vinagrete, ou com nenhum acompanhamento.
galinhada, se basta!!!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

prepare você um delicioso e prático requeijão cremoso


dentre muitas utilidades nas quais ela se encaixa - esta massa para torta, por exemplo - a receita a seguir pode ser preparada por você, e o resultado estará muito próximo ao do requeijão industrializado, da marca catupiry.

quem entra na panela???
1 litro de leite
1 xícara de chá de amido de milho
200 g de queijo ralado
200 g de ricota amassada
250 g de muçarela ralada
3 colheres de sopa de margarina
1 lata de creme de leite

como se comportam???
numa panela, coloque todos os ingredientes, menos o creme de leite.
em fogo baixo, e sempre mexendo, deixe engrossar.
verifique o sal, retire do fogo e deixe esfriar. já frio, junte o creme de leite, armazene em recipientes com tampa e guarde na geladeira.

é isso.



abracadabra et, voilà!!!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

torta de abobrinha com atum ... esta é uma delícia, e fácil de preparar ...


de maio a dezembro, é possível contar com um dos vegetais mais bem sucedidos nas cozinhas do planeta.
a abobrinha nos ajuda crescer - vitaminas do complexo b - faz bem à visão - vitamina a - além de conter fósforo, ferro e celulose.
ela detém um bom tanto de benefícios pro sangue, dentes, intestinos, ossos, sistema nervoso.
sendo firmes, sem machucados e brilhantes, as grandes podem fazer parte de pratos variados. use-as, com casca, em rodelas, picadas, raladas, ...
pequenas ficam excelentes quando recheadas. qualquer dia desses ensino, como e com qual ingredientes, as abobrinhas podem ser recheadas.
dos dois tipos mais comuns, a brasileira e a italiana, a mais consumida no brasil é a italiana.
alongada e listrada de verde, escuro e claro, ela possui, apenas, 19 calorias a cada 100g. digere facilmente e pode ser aproveitada desde a casca, até a semente.

a receita de hoje envolve a abobrinha italiana.
antes de tudo, ligue o forno a 180graus.
unte, com óleo, uma assadeira grande.

para a massa, coloque em uma travessa:
8 colheres de sopa de farinha de trigo integral - ou branca
4 colheres de sopa de amido de milho
4 ovos
1 xícara de chá de óleo de canola
sal, ou saquinhos de caldo de legumes sem calorias a seu gosto
misture tudo muito bem, e reserve.

deixe de lado, uma colher de fermento químico em pó. assim que os próximos ingredientes estiverem bem misturados, antes de juntá-los à primeira mistura, acrescente a ela, a colher do fermento.

em outra travessa misture:
3 abobrinhas inteiras, grandes, picadinhas
4 tomates, sem pele, picadinhos
uma lata de atum light - sem óleo
5 colheres de sopa de queijo parmesão ralado ou a mesma medida de queijo gorgonzola esfarelado
300g de presunto picado
orégano
1/2 xícara de azeite de oliva
salsinha e/ou cebolinha picadinhas
misture tudo, muito bem.

agora sim, acrescente o fermento à primeira mistura, mexa com cuidado, até que o fermento incorpore à massa e una as duas misturas mexendo, delicadamente, muito bem, até que os ingredientes fiquem bem agregados.

leve para assar na assadeira previamente untada, até que, espetando uma faca ou palito, eles saiam limpos.

é isso.

felizes e bem alimentados.

requeri/regina claudia

terça-feira, 14 de setembro de 2010

massa pra torta com catupiry


catupiry, - requeijão cremoso - em sampa, é sinônimo de receitas exemplares, a começar das de pizza.
a fórmula secreta do catupiry foi criada em 1911, em lambari/mg, por um casal de imigrantes italianos.
de lá pra cá, ela passou por transformações, mas ... catupiry, é catupiry!!! sendo o autêntico, ...

a primeira fábrica foi instalada na barra funda/av. rudge/218, e era fácil chegar ali, para comprar, na lojinha, quantas embalagens quisesse, do delicioso queijo cremoso.
as caixinhas de madeira, tentadoramente colecionáveis são amplamente utilizadas como guarda trecos, nas casas das melhores famílias paulistanas. hoje a caixinha virou artefato cult na sociedade brasileira, e pode ser adquirida na lojinha da fábrica.
então, vamos lá!!!
quem conseguir chegar à fábrica do catupiry, para fazer compras na lojinha, vai encontrar uma lanchonete ótima, abarrotada de tranqueiras comestíveis, todas feitas à base daquele objeto dos desejos das mais secretas gulodices.
indo até lá, dá pra ter certeza de que a esmagadora maioria daquelas plaquinhas com os dizeres: aqui usamos catupiry original, não passa de intriga da oposição. o verdadeiro catupiry é aquele entranhado nos produtos daquela lojinha, fresquinhos e autenticamente deliciosos.
eles vendem todos os produtos que fabricam, vendem a caixinha de madeira, e mais uma variedade de tentadores alimentos, além de produtos de outros fabricantes: manteiga, doces, mussarela de búfala, sorvetes, temperos, ...

a culinária, atividade que nos dá a oportunidade de criar qualquer comilança, conta com uma receita excelente de massa pra torta feita com catupiry.


copie:
amasse um queijo catupiry com
250 g de manteiga
1/2 k de farinha de trigo - pode ser branca ou integral
1 colher de sobremesa de fermento químico
sal a gosto
orégano

utilize:
ligue o forno em temperatura média.
use uma forma desmontável, ou uma assadeira que possa ir à mesa.
quando a massa estiver lisa e uniforme, divida-a em duas partes. com uma delas, e com a ajuda das mãos, forre uma forma, preencha com o recheio de sua preferência - pode ser uma mistura feita com presunto, mussarela, molho de tomate, orégano - cubra com a outra parte, pincele com uma gema dissolvida em uma colher de sobremesa de óleo, e leve ao forno.
sirva na própria forma/assadeira.

é isso.

requeri/regina claudia


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

bolinho caipira


simples assim!!! não vou perder tempo com blá blá blá ... enfim, não tem história de bolinho.

os ingredientes são:

1 kg de farinha de milho branca
1/2 copo americano de óleo
1 tablete de caldo de frango assado
1 maço de cheiro verde picado grosseiramente
sal
2 colheres de sopa do
meu tempêro
3 litro de água quente
1 kg de linguiça fresca - de frango, toscana ou calabresa
orégano
alecrim

preparando:

uma imposição para as receitas que sugiro é a presença do
meu tempêro. ele é prático e muito eficiente, pois, não é preciso cortar alho e cebola, na hora de preparar a receita. tá tudo nele, prontinho.

tire a pele da linguiça e esfarele-a com um garfo. junte o orégano, o alecrim. reserve.
em uma panela, refogue o tempero pronto, o tablete de caldo de frango assado, o cheiro verde e o sal no óleo. junte a água, formando um caldo. coloque toda a farinha em um recipiente e vá deitando o caldo sobre ela, devagar, aos poucos, sovando sempre com uma colher, até obter consistência, e desgrudar do fundo da travessa.
passe a amassar com as mãos até que a massa fique lisa e homogênea. junte o cheiro verde picado, e amasse para amalgamar a massa ao cheiro verde. junte a linguiça e amasse mais. a linguiça, a massa e o cheiro verde devem ser uma mistura única que desgrudou do fundo da travessa, e de suas mãos.

faça os croquetes. não deixe muito grossos que é pra linguiça ter como cozinhar. feitos todos os croquetes, frite-os em óleo quente, de 4 em 4, de forma que não fiquem muito juntos, mas cobertos pelo óleo. vá escorrendo em uma vasilha ornada com papel absorvente.

sirva quentinhos.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

piadinhas de cozinheira




ler é fundamental, e eu soube como agir, quando, marinheira/mãe de primeira viagem, ouvi o ziraldo dizer: o quarto de um bebê, deve ser decorado, com livros. deu no que deu!!!
antes do porrinha, ziraldo já era um ídolo no pasquim. o menino maluquinho, o saci, a supermãe, ... eram atrações que eu levei a todas as crianças que passaram pelo meu coração de professora. mas, decorar o quarto do meu bebê com livros, foi a idéia que fez perpetuar a admiração e a afeição pelo autor infantil brasileiro de infinitas inspirações.

ídolo que é ídolo não nega fogo, nem nos deixa na mão. se não, como explicar tal achado??? encontrei piadas pro assadeira, no blogg do ziraldo.

um canibal diz pro outro:
- eu não sei o que fazer com a minha mulher...
e o outro:
- frita!





o explorador está dentro do caldeirão dos canibais.
o chefe da tribo diz pro cozinheiro:
- não fica espetando o explorador. vai estragar a carne.
e explica o cozinheiro:
- mas ele está comendo todo o acompanhamento.





os dois caçadores são apanhados pelos canibais, que perguntam:
- que é que você faz na vida?
o mais gordinho responde:
- sou diretor de um jornal.
- e você?
o mais magrinho responde:
- sou o vice-diretor.
e o canibal-chefe diz para o magrinho:
- parabéns. você hoje vai ser promovido.





um avião sobrevoava uma tribo de canibais.
- que é aquilo, mamãe? um pássaro gigante?
- chama-se avião, meu filho.
- e se come?
- só o que tem dentro, como lagosta.




blogg do ziraldo



site do ziraldo




tá lá o velho morrendo. de repente, ele chama o filho e diz:
- meu filho, tou sentindo um cheiro de pão de queijo.
- mas é pão de queijo mesmo, pai. (essa se passa em minas gerais, é bom explicar.)
- é sua mãe que tá fazendo, filho?
- é, pai.
- ah, meu filho, ninguém faz um pão de queijo melhor no mundo. que cheirinho bom, meu deus. que saudade me dá, meu deus. vai lá na cozinha, meu filho, vai. vai lá e traz uns pãodequeijim pra mim.
- vou, meu pai.
uns minutos depois, e o rapazinho volta sem pão de queijo.
- cadê, meu filho?
- mamãe não quis dar.
- por quê?
- diz ela que são pro velório.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

peixe recheado



peixe recheado prefiro que seja aberto pelas costas. assim, são retiradas mais espinhas do que da outra forma, pela barriga.
se a peixaria que você frequenta tem expostos os peixes inteiros esperando para ser escolhidos peça um que, respeitando sua condição de morto, ainda esteja saudável.
peça ao responsável que limpe abrindo pelas costas. a maioria dos peixeiros faz isso, sem maiores complicações. porém, caso o estabelecimento onde você compre o animal - supermercados, por exemplo - não queira ou possa cumprir o seu pedido, aceite levar o vertebrado autopsiado pela barriga, e proceda conforme a receita que vou sugerir.
porém!!! se você pescou a criatura e tem que limpar às suas próprias custas, faça como vou descrever:
antes de tudo, descame o peixe com auxílio do lado cego da faca, de uma concha de vieiras, ou de um descamador apropriado. retire todas as escamas ... deixe a cabeça e a cauda no peixe.
vire-o com a barriga para baixo sobre uma superfície limpa e plana - pia ou tábua. com uma faca de bom corte, longa, você vai abrir a pele do animal ao longo de um dos lados da espinha, da cabeça à cauda. enfie a ponta da faca nessa abertura e desça com ela rente à coluna vertegral, até descolar todas as espinhas. corte a pele do outro lado da espinha central e desça por ela com a faca para descolar a carne das espinhas, do outro lado. utilizando uma tesoura, solte a espinha nas extremidades da cabeça e da cauda, depois retire o complexo todo, juntamente com as guelras e as vísceras.
pronto!!! o peixe está a seu favor, aguardando recheio e forno. mãos à obra!!!




ingredientes:
qualquer peixe próprio para ser recheado - salmão, tainha, alchova, ... a escolha é da freguesia
350 gramas de camarão, limpo e aferventado - se o peixe for grande, aumente a quantidade, se quiser
2 maços de espinafre cozido, espremido - para retirar a água - e bem picado
queijo ralado
2 ou 3 ovos, o suficiente para dar liga ao recheio
batatas com casca, cortadas em rodelas
azeite de oliva, virgem
maionese para pincelar
palitos ou espetinhos
barbante próprio para culinária

vamos preparar:
unte uma assadeira com azeite, forre farta e completamente com as batatas, salpique com sal, e regue-as com azeite.
misture todos os ingredientes, menos a maionese, as batatas - já foram utilizadas - os palitos ou espetos, e o barbante.
desculpem!!! perco a amizade, mas não perco a gracinha.
sobre a cama de batatas, coloque o peixe com a abertura para cima e recheie, cada espaço, cada cantinho, inclusive a cabeça e vá prendendo com auxílio dos palitos ou espetinhos e do barbante. faça um zigue-zague com o barbante, utilizando os palitos como suporte. no final, amarre. quando for servir, retire todos os palitos ou espetos, e o barbante soltará com facilidade.
terminada a façanha deite o peixe de lado, pincele com maionese, regue com azeite e leve ao forno para assar. o tempo vai depender do forno de cada um, do tamaho do peixe, e da quantidade de recheio.
baseie-se pelas batatas, e pelo líquido que brota do peixe quando espetado com uma faca, ou com um garfo. se não sair nenhum líquido, significa que o peixe está cozido. deixe dourar, peixe e batatas e ... bom apetite!!!


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

tá com frio??? chocolate quente!!!



estamos atravessando uma onde friorenta sem precedentes.
cientificamente, vocês sabem por que sentimos frio???
recolhi uma descrição desse o fenômeno tão familiar e tão indesejado por tantos - não por mim ... adoro o frio.

por que sentimos frio???

proponho que a leitura seja feita, depois, assim que estiverem confortáveis, diante do micro, tomando o chocolate cremoso, bem quentinho, da receita, a seguir.

juntem os ingredientes:
2 ovos separados
1 litro de leite
4 colheres de sopa de açúcar
3 colheres de sopa de chocolate em pó
canela em pó ou gengibre ralado - opcional

como fazer???
leve o leite para ferver e prepare um creme, assim: bata as claras em neve, acrescente as gemas, o açúcar, o chocolate e a canela. misture com cuidado e, reserve.
quando o leite levantar fervura, desligue o fogo misture-o, lentamente, ao creme, misturando bem. acrescente, se quiser, a canela e/ou o gengibre.

bolo de cenoura



comer cenoura in natura distrai, é saudável, ajuda no bronzeado - assim que chegar o verão.
os benefícios são incontáveis: evita males reumáticos, úlceras, arteriosclerose, faz bem pros olhos, pele, cabelos, mucosas, ossos e sistema imunológico.
crianças, adultos, comendo cenoura, estão ingerindo vitamina b, vitamina c, sais minerais, vitamina a, iodo.
mastigar cenoura, distrai e evita, por exemplo, a compulsão pelo cigarro.

acredite!!! o croq-croq é lúdico, e pode substituir o fumacê insalubre.

a forma ideal de comer cenoura é inteira, sem manipulação, bem lavada, com casca. se preferir na salada, ralada, prepare minutos antes da refeição.
suco de cenoura é ótimo mas aconselhável que seja feito escondidinho, na centrífuga, pois, no liquidificador, a cenoura entra em contato com a luz e perde vitamina a.
cozinhar é a forma menos aconselhável de se comer cenoura.
bolo??? nem se fale!!! porém, é uma gulodice deliciosa e irresistível, mormente se tiver como parceira, uma deliciosa calda de chocolate.
seja qual for a maneira que escolher, para roer ou degustar uma cenoura, faça como os coelhos, não retire a casca que, afinal, não passa de uma película, fininha, mas rica em vitaminas. lave-a muito bem, apenas.



bolo de cenoura

medidas:
xícara = chá
colher = sopa
copo = embalagem daquele requeijão

3 cenouras pequenas
4 ovos
1 xícara de óleo
2 copos de açúcar mascavo
2 copos de farinha de trigo integral ou farinha de aveia
1 colher de fermento em pó
manteiga e farinha de rosca para untar e polvilhar

preparando a massa:
unte uma assadeira retangular ou redonda, e ligue o forno a 180°C
lave bem as cenouras, não descasque, e corte-as em rodelas.
bata no liquidificador, as cenouras cortadas, os ovos, o óleo, o açúcar, até conseguir um creme liso.
passe o creme para uma tigela, adicione a farinha, aos poucos, misture bem. se preferir, utilize a batedeira de bolos. depois de estar, tudo, bem misturado, e transformado num creme homogêneo, junte o fermento, a misture com cuidado. pode usar a betedeira, na velocidade mais fraca.
passe a massa para a assadeira untada e leve ao forno. estará assado, quando a faca ou o palito sairem sequinhos.
regue o bolo, ainda quente, sem desenformar, com uma calda feita assim:

leve ao fogo médio, os seguintes ingredientes:
100 g de chocolate meio amargo
1 xícara de leite
1 colher de manteiga
2 colheres de mel
depois que levantar fervura, deixe cozinhar por 5 minutos, e espalhe sobre o bolo quente.

enfeite como quiser.

domingo, 15 de agosto de 2010

antepasto de berinjela


antes que alguém resmungue sobre a forma correta de escrever berinjela, é bom que fique claro: grafando berinjela, estamos no brasil; grafando beringela, estamos em portugal. portanto, discutir sobre berinjela ou beringela, não nos leva a lugar algum, a não ser até a cozinha, munidos de uma boa receita.

antepasto de beringela

medidas:
colheres = sopa

ingredientes
3 berinjelas cortadas em tiras
250 gr de azeitonas verdes, sem caroço, cortadas em rodelas
6 colheres de molho inglês
6 colheres de suco de limão
6 colheres de vinagre branco
6 colheres de azeite de oliva
1 colher de sal
3 cebolas cortadas em tiras
3 colheres de orégano
3 dentes de alho picados

vamos preparar???
coloque todos os ingredientes em uma travessa grande, que possa ser levada ao microondas. cubra com plástico filme, e leve ao microondas na potência máxima por 20 minutos.
quando terminar o tempo, não abra a porta do microondas. deixe descansando por mais 20 minutos. sirva com torradas.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

crie sua horta suspensa


a falta de espaço, a praticidade, a originalidade são agentes facilitadores pra uma proeza engraçada: criar uma horta vertical, utilizando uma sapateira.
garimpando verdurinhas para o blogg, deparei com aquilo que chamou a atenção pelo inusitado, e por abrigar particularidades bizarras, a ponto de minimizar as diferenças existentes entre, uma horta num quintal, e uma horta no interior de um apartamento.
a horta na sapateira é fácil de criar, fácil de manter, e se adapta a qualquer parede ou porta de uma casa ou apartamento.
encontrei num blogg, o rainha da sucata -
aqui - fotos, e a explicação, direitinho, de como fazer brotar verdurinha onde, antes, brotava sapato.

horta é o nome de uma cidade portuguesa.
horta é a tradução pro grego moderno de χόρτα, ou χόρτο, no plural.
horta significa grama, ou vegetais verdes.
a grécia é uma horta a céu aberto. a fartura do verde inclui desde ervas daninhas e não comestíveis para humanos e animais, até as folhas frescas da alcaparra, a chicória, o tomilho, orégano, menta, alho, cebola, endro e folhas de louro, manjericão, funcho ... existe uma infinidade de tipos que crescem dependendo da região e da estação. a culinária grega é, fundamentalmente, vegetariana, muita sopa, muita salada, e tudo temperado com muito limão e azeite de oliva.
os vegetais salvaram o povo grego da fome em situações difíceis da história, como a segunda guerra.

cria uma hortinha suspensa, colhe algumas verduras fresquinhas e faz uma salada grega:


verduras frescas da sua escolha
2-3 colheres - sopa - de azeite de oliva
3 dentes de alho amassados ou picados
1 xícara - chá - de água com 1/4 colher - chá - de sal marinho
pimenta preta, fresca ralada
limão cortado, dependendo de quantas pessoas você convidar

lave as verduras e não precisa secá-las.
doure o alho no azeite, sem queimar. quando ele começar a mudar a cor, adicionar as verduras e mexer bem. adicione a água e deixe ferver por 5 minutos. retire a verdura com uma escumadeira, escorrendo a água. sirva com o limão, separadamente, para que cada començal esprema o suco fresco sobre os verdes, e ao seu gosto.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

o que tem de sobremesa???



de açúcar saudável, um dos produtos derivados da cana, o que eu entendo é que o mascavo, o açúcar em seu estado mais puro, petrificado, cor caramelo e marrom, é a cristalização do mel-de-engenho, é extraído após o primeiro cozimento do caldo da cana, e conta com grande teor de melaço.
o açúcar demerara, é o resultado da purgação do mascavo, é granulado, da cor bege, e também conta com um bom tanto de melaço.
ambos, mais saudáveis que o refinado são utilizados, aqui no lar, sem parcimônia.
um bolo simples, adoçado com o açúcar demerara, o resultado é uma crosta meio puxa, meio meladinha, tudo de bom.
o açúcar mascavo é a melhor alternativa pra qualquer tipo de calda. o pudim de leite fica melhor se, no fundo da forma para pudim, em vez da calda, for colocado o açúcar mascavo, sem ferver, sem derreter, sem dar ponto, sem mais nada.
a relação de vantagens do açúcar mascavo comparada à do açúcar refinado, branquelo e sem graça, é muito superior. o moreno saboroso e versátil tem menos carboidratos, menos calorias e muito mais cálcio, magnésio, cobre, fósforo, potássio.
um bolo adoçado com o mascavo também resulta numa especialidade menos doce e muito mais saborosa.

não é uma escolha, é uma tendência, criar e fazer comidinhas salgadas.
porém, pra não cair na mesmice do shakespeariano romeu and juliet, há de se ter criatividade, fator fundamental, quando se trata de doces.

ovos fritos

medidas:
colher = sopa

camuflagem
1/2 litro de leite
1 lata de leite condensado
1 vidro de leite de coco
1 lata de creme de leite
3 colheres de sopa de amido de milho
1 lata de pêssego em calda

câmeras, ação!!!
cozinhe em fogo baixo, uma mistura de leite, leite condensado, leite de coco e o amido de milho.
fique mexendo até engrossar. retire do fogo, deixe esfriar e acrescente o creme de leite.
para servir coloque algumas colheradas do creme em um prato, ajeitando de forma que fique parecendo a clara do ovo frito.
sobre ela ponha uma metade de pêssego em calda, com o dorso redondinho voltado pra cima, imitando uma gema.
pra criar um clima espalhe um pouco de calda para parecer o óleo da fritura.

peras, bananas e abacaxi ao forno

medidas:
copo = 250 ml

3 peras cortadas ao meio sem cabinho, sem a bundinha, sem o miolo que contém as sementes
6 bananas nanicas, maduras, sem a casca
um abacaxi, descascado, cortado no sentido do comprimento, sem o miolo
açúcar mascavo
1 copo e 1/2 de pinga, conhaque ou vinho branco

aqueça o forno a 180 graus.
em uma assadeira de vidro refratário - se não for grande suficiente, reserve outra e tente distribuir as frutas nas duas assadeiras - espalhe uma camada de açúcar mascavo, suficiente para cobrir toda sua extensão, sem deixar aparecer o vidro. calcule, mais ou menos, uma camada de 5 mm.
sobre o açúcar deposite as frutas. regue-as com a pinga, o conhaque ou o vinho. por fim, cubra as frutas com outra camada de açúcar mascavo. cubra com papel alumínio, e leve ao forno pré aquecido. deixe por 40', retire o papel alumínio e deixe até que forme uma calda grossa.

torta, pie, tourte, tarte, ...

alimentar, a mais primitiva e eficiente demonstração de amor.
alimentar é um ato convivente e uma boa torta se presta a isso, conviver, convidar, convivas.
um feriadão, plena sexta-feira de julho, férias, final da copa do mundo, me arrisquei numa outra invensão culinária, pra tornar ocupadas as bocas de alguns torcedores que insistem em praticar uma vuvuzelada derradeira, fechando com o prazer e com a plenitude do sabor.

essa viagem à áfrica, em meio a geografias de intermináveis planícies, estádios modernos, históricos e ricos simbolismos, uma alegria dopada, uma alegria a cores, enganou meus sentidos.
loucura essa áfrica do sul e seu povo. produz festas tão boas na pulsação essencial e rústica, que me carregaram pra dentro das linhas melódicas dos batuques originais ornados pelo zumbido das vuvuzelas. porra!!! os caras não estão de brincadeira. eles sabem festejar.
a minha grande contribuição foi juntar ingredientes e festejar à minha moda, silenciosamente, criando, cozinhando, alimentando.


“o prazer de comer é, desde há muitos séculos, na nossa cultura, um prazer convivial: um prazer que se gosta de usufruir em comum. pode-se comer só e beber só quando se é a isso constrangido para satisfação da necessidade de matar a fome e matar a sede, mas a procura da voluptuosidade do paladar em solitário é um vício que a moral condena. as sociedades utilizam os prazeres da vida para estabelecer ou fortalecer os laços sociais e na maior parte das sociedades a refeição partilhada é um instrumento de sociabilidade. a refeição deverá ser uma celebração, uma festa onde o prazer se divide entre as pessoas. prazer de matar a fome, alegria por tomar contacto com um prato e honrar uma receita necessariamente sacralizada, e de ver os outros comungar com a mesma exaltação.
foi com exaltação e muito prazer que reparti mesa e mantel com todos os meus convidados presentes nesta recolha.
amizades, afinidades e simpatias proporcionaram-me refeições de memória e é dessa memória que aqui dou conta.” disse, alfredo saramago.

o que sabemos sobre a torta?
o bolo é uma preparação de alimento assado em forma redonda, cujo nome originalmente é descrito como um pão círcular - torta em latim.
a torta é feita com uma crosta de massa enfeitada recheada com uma mistura de carne bovina, de aves, de peixe ou legumes temperada com ervas e ingredientes complementares ou doce, com frutas e creme.
a cobertura é uma redução da mesma massa formando uma capa. mas há aquelas sem tampa, as tortas com bordas elevadas.
tortas se prestam a adaptações, e variadas maneiras de fazer. são versáteis, completas, ricas.
na cozinha medieval - leia [...] - e do renascimento foi uma receita das mais comuns. redondas, decorativas e grandes, recheadas com carne de ovelha, de bovino, de porco ou com especiarias e uvas passas, recortadas nas bordas e enfeitadas com bandeiras e brasões dos convidados.

o que se diz é que torta é feita em forma redonda e que em forma retangular não é torta. mas, a sabedoria popular mudou esse conceito. torta é todo alimento feito de massa recheada que vai ao forno para cozinhar.
aqui e agora, a receita da massa é líquida, prática, feita no liquidificador que, sem o recheio, se presta a virar um delicioso bolo salgado e simples, se assado na forma de buraco no meio. apresente um café fresquinho, e as fatias quentinhas vão querer uma porção de manteiga, requeijão, margarina, ...

medidas:
colher = sopa
xícara = chá

convidados sempre esbanjam energia. estão alegres pelo convite, pela companhia, pela quebra de rotina ... mas tenho um defeito, com ou sem convidados, não sei cozinhar pra pouca boca. as minhas receitas são enormes e, como sempre, pensei numa receita grande que, portanto, precisa de espaço. aconselho o uso de uma assadeira de vidro conhecida como lazanheira descrita aqui.

recheio primeiro:
1 colher de manteiga
azeite 1 colher do meu tempero - a receita está aqui
1 lata de milho verde batido com a água
250 ml de leite
1 pacotinho de creme de milho verde
1 caixinha de creme de leite

recheio segundo:
550 g de muçarela picada
500 g de presunto picado
240 g de molho de tomate - costumo usar uma embalagem de molho pronto, sabor pizza

a massa:
18 colheres de farinha de trigo
1 tablete de caldo de galinha ou outro de sua preferência
5 ovos
3/4 de xícara de óleo
3 xícaras de leite
4 colheres de queijo parmesão ralado ou 150 g de queijo gorgonzola
2 colheres do meu tempero - a receita está aqui - ou 1 cebola pequena e 3 dentes de alho
1 e 1/2 colheres de fermento químico

confecção e montagem:
ligue o forno, e unte a assadeira com azeite. reserve.

prepare o primeiro recheio: bata no liquidificador o milho, o creme de milho e o leite. não lave o copo do liquidificador. reserve.
aqueça o azeite e a margarina - em dupla, evita que a manteiga ou a margarina queimem - acrescente o meu tempero, deixe fritar sem escurecer, abaixe o fogo, e acrescente o creme contido no liquidificador, deixe engrossar, acrescente o creme de leite. reserve.

segundo recheio: numa vasilha, misture o presunto picado, a muçarela picado e o molho de tomate, misture bem, com as mãos. reserve.
os ingredientes da massa devem ser batidos no mesmo liquidificador, não lavado, no qual foi batido o milho - truquezinhos culinários benfazejos - alternando os ingredientes, e começando pelos líquidos. mas, ao colocar o fermento, agregue-o à massa misturando com uma colher ... dê, apenas, uma curta batida.

feito isto resta montar os recheios em ordem:
metade da massa
primeiro recheio
segundo recheio
metade restante da massa.

sanduiche cremoso

"uma viagem por dentro do universo alimentar é, antes de tudo, um percurso de paladares às regiões da memória. é chamada de todas as nossas capacidades físicas e intelectuais, que nos ampara através de uma concentração no nosso imaginário, tendo em atenção o nosso atual cotidiano. nas sociedades - ditas avançadas - onde se come tanto pelo prazer como por necessidade de alimento, estar à mesa é, muitas vezes, uma forma de introspecção, procurando uma eterna e infinita forma de acomodação entre os sentidos e a maneira possível de os satisfazer." disse, alfredo saramago.

sanduiche cremoso



monte o sanduiche numa assadeira de vidro refratário, alta, daquelas onde se assa lasanha - sugiro a assadeira retangular de vidro, grande, funda - lasanheira - capacidade: 5,25 litros, dimensões: 404x249x70mm

ingredientes
24 fatias de pão de forma da sua preferência - eu uso o de grãos, aveia, integral etc
500 g de muçarela ralada
400 gramas de fatias presunto
240 g de molho de tomate
manteiga para untar a assadeira
2 colheres/sopa, cheias, de farinha de trigo integral
2 xícaras/chá de leite
1 lata de milho verde - bata no liquidificador, os grãos e a água
1 tablete de caldo de legumes
2 colheres/sopa, cheias, de manteiga
1 caixinha de creme de leite - 200 g
3 ovos inteiros

preparando
pré-aqueça o forno, em temperatura média.
faça o molho branco:
numa panela, em fogo baixo, derreta a manteiga e o caldo de legumes. acrescente a farinha, misture, e acrescente o leite. misture a farinha e o leite, e junte o milho verde batido. mexa cuidando para não empelotar. quando engrossar, mexa por uns 5 minutos. desligue o fogo e acrescente o creme de leite. reserve.
unte/pincele a assadeira com a manteiga, para a montagem.
distribua 6 fatias de pão de forma na assadeira untada. se for utilizada a assadeira sugerida por mim, no início da receita, 6 fatias forram muito bem, a superfície da assadeira.
cubra, cada uma, separadamente, com duas colheres/sopa de molho de tomate e espalhe.
em seguida coloque, sobre cada fatia de pão, uma fatia, dobrada ao meio, de presunto. sobre ela coloque um punhado - mais ou menos 2 colheres/sopa - de muçarela ralada. cubra com 1 colher/sopa, farta, do molho branco com milho que está reservado.
coloque outra fatia de pão de forma, e repita a sequência, até que sejam colocadas 4 fatias de pão de forma, uma sobre a outra, intercalando com os ingredientes conforme a ordem utilizada na primeira sequência, assim: pão, molho de tomate, presunto, muçarela, molho branco com milho. finalize com o pão.

finalizando
junte e misture os 3 ovos inteiros, ao molho branco com milho que restou na panela.
sobre cada uma das últimas fatias de pão, a quarta, coloque duas colheres/sopa de molho de tomate. espalhe. acrescente um punhado de muçarela ralada e despeje o molho branco com milho misturado aos ovos, sobre a muçarela. calcule para que todas recebam uma farta e semelhante, porção de molho branco.
leve ao forno pré aquecido para cozinhar o ovo, e gratinar.

o tempo de forno cada um sabe do seu ... é pra deixar derreter a muçarela, e gratinar.

com as aparas do pão, faça torradas.

abracadabra et, voilà!!!

é bolo??? é pudim??? então é o quê???

os portugueses são os responsáveis pela invenção da melhor das sobremesas, o pudim!!!
os doces portugueses primam pela abundância de ovos, e os pudins não ficam nada a dever aos demais. incorporam o côco, o pão, milho verde, queijo, as próprias claras e carregam a estrela da economia, pois, evitam o desperdício do pão amanhecido ou das claras que sobraram do quindim, pão de ló ou da ambrosia.
se no princípio de seu tempo, sua sina era ser cozido em banho-maria, no forno ou na boca do fogão, de lá pra cá sofreu inúmeras variações, ficou salgado, virou mousse e foi incorporado a outras receitas, as de bolo, por exemplo, podendo, enfim, ser assado como tal.

a receita é bolo/pudim de milho

preparando a massa do bolo:
4 colheres de sopa de açúcar
100 gramas de margarina
4 gemas
½ lata de leite condensado
1 ½ xícaras de fubá
1 xícara de farinha de trigo
1 colher de fermento
4 claras em neve

e prepare
bata o açúcar com a margarina e as gemas na batedeira.
junte o leite condensado e o fubá. com uma colher, misture a farinha e o fermento, por último, as claras em neve.

preparando o pudim:
bata no liquidificador:
2 latas de milho verde sem a água
1 lata de leite condensado
1 lata de leite
3 ovos

na linha de montagem:
despeje em uma forma de buraco no meio, untada, caramelizada, a massa do bolo - no lugar de fazer o caramelo, pode espalhar uma camada de açúcar mascavo, de 1 cm ou 1 1/2 cm de altura.
despeja por cima, o pudim.
asse em forno pré-aquecido até dourar bem. a temperatura do forno deve equivaler a 180'.

abracadabra et, voilà!!!

bife de panela de pressão ... que invensão!!!

a leitura será melhor aproveitada, se os links em negrito forem abertos.

bife de panelaa física explica: se a pressão do ar é maior, a temperatura de evaporação da água é mais alta. e, se a panela de pressão, respeita esta lei, ela cozinha os alimentos em menor tempo. ao lembrarmos que em cidades à beira mar o alimento cozinha com maior rapidez, fica fácil entender o princípio da panela de pressão: a pressão ao nível do mar é maior, portanto, os alimentos cozinham em menos tempo.

é neste clima esquentado e explosivo, que tem início a saga da panela de pressão.

cozinhar nas alturas - ocorre com alpinistas, por exemplo - exige grande dose de paciência. significa dizer que, a grandes altitudes, a pressão atmosférica é menor e o líquido demora a entrar em ebulição. consequentemente, o alimento gasta mais tempo e muita lenha para alcançar um ótimo estágio de cozimento. a pressão no interior de uma panela, idêntica à pressão que existe em locais ao nível do mar, possibilita alcançar uma temperatura de cozimento acima de 100 °C. é este o princípio da panela de pressão utilizado por denis papin, matemático e inventor.

a história atribui ao francês, denis papin, que passou por aqui entre 1647 e 1712 (?), a idéia da panela de pressão. lá pelos idos de 1679, ele criou um pequeno trambolho, o digestor ou marmita de papin: uma panela de ferro fundido, hermeticamente fechada por uma tampa com válvula. a válvula serve para estabilzar a pressão no interior da panela, e é munida de peso suficiente para ser erguida quando a panela alcança uma determinada pressão. isto refere explosão, caso a válvula entupa, então, para evitar um desastre culinário de valor inestimável, uma segunda válvula, a de segurança, foi acrescentada aos modelos modernos.

em 1905, as panelas de pressão ainda eram de ferro fundido.

e a receita é!!!

bife de panela de pressão

bife de panelanão menos saborosas, são as práticas receitas de bolo de liquidificador ou aquelas cujos ingredientes são colocados numa panela, e cozidos sem refogar, sem fritar, sem mais nada.
bife de panela na panela de pressão, a receita, se presta à uma dessas praticidades culinárias. melhor ainda porque a mesma receita pode ser cumprida com sucesso diminuindo ou aumentando a quantidade dos ingredientes, dependendo da quantidade de comensais.

medidas:
colher = sopa
xícara = chá

o que comprar???

2 kgs da carne de sua preferência em bifes - por exemplo: patinho, miolo de paleta
1 lata de cerveja caracu ou equivalente
240 g de molho de tomate
4 colheres de molho de soja
2 xícaras de água - opcional - este ingrediente eu dispenso. o molho fica mais grosso. cuidar para que a ausência da água não faça com que o molho reduza excessivamente, e grude no fundo.
1 pacote de sopa de cebola
salsinha e cebolinha verde, com fartura, para salpicar

tá com tudo comprado??? então faz assim:

tudo bem misturado, cozinhar por 20' na panela de pressão - contados depois que começa a xiar. para servir, salpique salsinha e cebolinha.

macarrão, legumes e ... pronto!!!


se escrever é um ato positivo e inspirado, per si, escrever sobre alimentos é positivo, inspirado e apaixonante. escritores de alimentos usam criatividade com palavras e com receitas. é o alimento em perspectiva. a cozinha vibrante vem de culturas antigas, e uma coisa puxa a outra. o escrito sobre alimentos conta história, conta lenda.

macarrão!!! discute-se sobre ele não é de hoje. a palavra, vem do grego, vem do latim??? começa daí. fui pedir auxílio à boa e antiga enciclopédia, aquela coleção de livros, letras sobre papel, uma após a outra, sem dúvida, pura confiabilidade!!! lá está escrito que a palavra macarrão, deriva da italiana, maccherone, e quer dizer, pasta fina.
história vai, história vem, e houveram algumas tentativas de relacioná-la com a palavra grega makaria - caldo de cevada - ou com a italiana ammaccare, do latim macerare - ferir ou esmagar - quando se trata do trigo triturado.

não sei bem qual a idéia que estou tendo ao escrever agora, mas talvez haja algo aí mesmo, na reflexão sobre cozinhar e escrever o cozinhado. sei que não pretendo dizer sobre macarrão e marco polo que nasceu em 1254. dizer, o quê??? se 3000 anos a.c. já existia documentação sobre ele, o macarrão. se não, por que os etruscos gravariam em uma tumba, facas, uma rodinha utilizada no corte da massa e um rolo de macarrão???
pensando grossamente na história, até 2010, daria pra montar um bom tanto de texto com estudos da culinária de todos os cantos e um mapa farto de, por exemplo, onde o macarrão iniciou sua jornada e de tudo que acontecia à sua volta.
eis aí uma pequena amostra de como a história se desenrola. no entanto, por ser antiga, e por ser história, ela é dita e localizada de formas diversas. dá um nó no tempo, é atemporal, adquire amplos sentidos e produz sua própria versão dependendo daquele que se diverte especulando e escrevendo sobre ela.

lenda é lenda!!!

o que é de fácil constatação é que a pasta, o macarrão, a massa, se dá ao desfrute de ter uma infinita variedade de formas e se banha, ludicamente, com outro tanto infinito de cores, cheiros, sabores e consistências de molhos.

contudo, não permito terminar este texto sem mencionar o escritor romancista, dentre todos, aquele que mais exultou a alimentação, prerrogativa de quem escreve ficção lembrando que personagens podem ter fome e, até, conseguem saborear alimentos ... eça de queiroz.
se escrever romances é um ato de amor acho que posso fazer valer o pensamento que me brotou desde o tempo em que o porrinha se alimentava por aqui: alimentação, a mais primitiva e eficiente demonstração de amor.

trata-se da receita de macarrão e legumes.

medidas:
colher = sopa

quem vai pra panela???
1 pacote de macarrão
3 abobrinhas médias, raladas
1 pimentão verde cortado em cubos
1 pedaço de abóbora de, mais ou menos, 450 g, cortado em cubos - aquela de fazer quibebe e doce, que chamam de pescoço
1 escarola picada
1 maço de cebolinha verde picada - alguns ingredientes culinários eu os pico com o auxílio de tesoura. a cebolinha é um deles.
1 lata de ervilhas com a água - se não gostar de ervilhas, substitua por milho verde, por cogumelos, ...
3 tabletes de caldo de frango assado, costelinha de porco ou legumes
3 tomates, grandes, vermelhinhos, sem pele, picados
óleo e/ou azeite de oliva extra virgem
2 colheres do meu tempêro

como fazer???
enquanto ferve a água e cozinha o macarrão, frite o tempêro no óleo e/ou azeite junto com os tabletes de caldo. acrescente os tomates deixe apurar e acrescente a abóbora. refogue. acrescente o pimentão. refogue. acrescente a abobrinha ralada. refogue. acrescente a escarola. refogue. acrescente a lata de ervilhas, deixe incorporar todo mundo, e apurar. acrescente a cebolinha verde picada. acerte o sal. misture tudo. desligue o fogo. pronto!!!
apurar pode significar deixar no fogo médio por uns 15 minutos, até que o molho esteja encorpado.
tempere o macarrão, e alerte os comensais, sobre o prazer que sentirão se deitarem um fio de azeite de oliva sobre seus pratos.

é isso.

frigideira, fritando, fritada ...

alimentação, a mais primitiva e eficiente demonstração de amor.

imagine!!! saio da cozinha pra escrever receita de fritada aqui pro assadeira, caio nos braços e abraços da tal portuguesa, inculta e bela, e debruço na leitura das origens de uma iguaria à base de ovos, batatas, frigideiras ou sarténs, uma mistura franco/luso/castelhana cozinhada em manteiga ou azeite.
em frança, a tortilla inspirada na primogênita, a espanhola, data do século XIX e é descrita por georges-auguste escoffier como ovos batidos cozinhados e, nada mais. a omelette, sem dúvida, o alimento mais divertido entre todos. aceita movimento, combinações, posições diversas, se dobra, fica esticada ... versátil pra caramba!!!
tortilla, fritada, omelette, omelet, ... é o verbete do assadeira pra um dos alimentos mais antigos e populares da humanidade. e, acrescento, a batata pode ser substituída ou combinar com legumes - abobrinha italiana ralada, por exemplo - e verduras, carne de peixe ou frango desfiado, embutidos, queijos, e por aí vamos nós.

atenção!!! por hoje, está fora dos planos do assadeira, a tortilla mexicana, tão apetitosa quanto diferente.

em re coquinaria libri decem, da autoria - até que se prove o contrário - de marco gavio apicio/apici caeli/30ac - 37dc, a mais representativa reunião universal de receitas e dicas culinárias, uma importante fonte de referência dos hábitos gastronômicos atribuídos ao povo romano, e cujas primeiras edições datam do final do século XV, é revelada a ova spongia ex lacte, uma tortilla feita, basicamente, com ovos e leite. interessante frizar sobre tortilla, a palavra, que refere a torta, que refere a dar a volta, que refere a volteada, ou seja, cozinhar, tanto de um lado, como do outro.

ainda bem!!! em latim e com palavras, tudo se esclarece.

a receita da autêntica tortilla española, que será publicada a seguir, foi fornecida, via msn, com a ajuda de uma webcam, por um amigo espanhol, o antonio, residente na cidade de murcia.

tortilla española, a receita, na íntegra:

sarten = frigideira
fria = frita
tierna = tenra
mezclando = misturando



ves el tamaño de la patata?
cinco o seis como esta
la cortas muy finas y redondas, como las chip
y media cebolla del tamaño de la patata, muy picadita,
todo junto a fuego lento
en una sarten - sarten, es donde se cocina
con bastante aceite de oliva.
no se tiene que freir la patata, se tiene que cocinar ... poco a poco.
bates 5 o 6 huevos,
queda la patata en el huevo,
se mezcla la patata y el huevo,
luego, le pones aceite a la sarten, y pones todo en ella,
y vas mezclando el huevo y la patata para que se fria,
cuando este le das la vuelta, y cocinas la otra parte
te tiene que quedar fria por fuera, y tierna por dentro.

é isso.

arroz, simples assim

as receitas para o preparo do arroz variam de povo pra povo, de casa pra casa, depende de cada cultura, de cada gosto ou dos caminhos que elas percorrem para que sejam disseminadas.
duas medidas de arroz.
lave e deixe escorrer por uns 5 ou 10 minutos.
ponha na panela com 2 colheres de óleo.
deixe fritar, em fogo médio, até que fiquem sequinhos, soltos uns dos outros - eu chamo isso de pururuca. acrescente duas colheres, fartas, do meu tempêro. sinta o cheiro nessa hora ... é demais!!!
refogue por uns 5 minutos, mexendo sempre, atentamente.
coloque 4 conchas de água, fria, ou seja, 2 vezes cada tanto do que vc colocou de arroz.
coloque um pequeno punhado de sal e experimente.
ficou legal??? ótimo!!! ficou sem sal??? vá pondo aos poucos até ficar do seu gosto.
deixe cozinhar com meia tampa e fogo médio até que quase seque. quando estiver quase seco, desligue, tampe a panela, enrole num pano e guarde no forno até servir.
para um resultado melhor ainda, depois que refogar com o meu tempêro, antes da água, desligue o fogo e deixe descansar por uns 40 minutos.
passado esse tempo, coloque a água e ligue o fogo, médio.
o cheiro, durante o a fervura é delicioso.

é isso.

abracadabra et, voilà!!!

sopa de batata e cebola

a batata inglesa é do peru!!!

uma delícia, versátil, prática, acompanha, é prato principal, tem vitaminas e minerais, tira dor de cabeça, resolve muito apuro na cozinha, dá banca de inglesa, nasceu no peru, mais precisamente nos andes peruanos e bolivianos, e é cultivada há 7.000 anos.
disseminada pela europa por conta das aventuras espanholas desbravadoras e devastadoras, a batata - papa na língua quíchua - foi criando vestimentas diferentes através de receitas inventadas aqui e ali, e se tornou um dos principais ingredientes das panelas e assadeiras de muita (o) cozinheira (o) mundo a fora.
esta receita, the best of the best, segundo o povo aqui do lar, é fruto de alguma pesquisa, mas deriva da minha paixão pela cozinha informal, aquela sem obrigação, sem monotonia, cheia de graça. em meio a tudo isso tem o elemento que deveria impulsionar todos aqueles que pisam numa cozinha com a intenção de produzir qualquer alimento, do chá ao mais elaborado prato: a afeição por quem vai ser alimentado. dizer que o alimento foi feito com amor é a frase corriqueira que encerra a mais verdadeira motivação para o sucesso culinário de quem quer que seja.
em verdade lhes digo: a alimentação é o mais verdadeiro, e o mais primitivo ato de amor.

medidas:
colher = sopa

quem sai da dispensa???

10 batatas médias cortadas em cubos
4 cebolas grandes cortadas em cubos
4 cubinhos de caldo de frango com ervas
2 caixinhas de creme de leite - 200 g cada uma
2 colheres, bem fartas, do meu tempero - abra o link e leia a receita
2 colheres, bem fartas, de margarina
3 colheres de azeite de oliva

quem entra na panela???

numa panela grande, aqueça o azeite e a margarina, acrescente o tempêro e os cubinhos de caldo, deixe fritar um pouco, coloque as cebolas e as batatas e refogue por 5 minutos.
acrescente água suficiente para cobrir e ficar 2 dedos acima do conteúdo da panela.
deixe cozinhar, até que a batata esteja molinha.
bata no liquidificador ou direto na panela com o auxílio do mixer, acrescente o creme de leite, bata mais um pouco, deixe incorporar todo mundo e ... bom apetite!!!
colocada em tigelinhas de barro ou louça, coberta com queijo ralado ou fatias de mozzarella, e levada ao forno para gratinar, esta sopa que, simples assim, é uma catástrofe, se transforma em algo retumbante.

é isso.

tempero caseiro

ingredientes:
3 cebolas grandes
2 cabeças de alho
1 potinho/200 g de alho picado - industrializado que se encontra em qualquer mercado 1/2 xícara de óleo - evita que crie água
1 maço de verdurinha: coentro ou manjericão ou salsinha - opcional

preparando:
bater todos os ingredientes no liquidificador colocando primeiro o óleo, depois o alho do potinho, depois os dentes de alho descascados. dar uma batida, e acrescentar a verdurinha. bater novamente, e acrescentar as cebolas descascadas e cortadas em oito pedaços ... o liquidificador vai agradecer o carinho.
armazenar num pote de vidro, limpo e seco, com tampa plástica, e guardar na geladeira.

as verdurinhas: salsinha, manjericão, coentro ... são opcionais. eu gosto muito porque alegra o paladar e agrada o meu olhar.

importante: não coloco sal ... quem coloca sal no alimento sou eu ... não é o tempero.


sardinha escabeche na panela de pressão


ótima oportunidade para a sardinha abandonar sua condição de espremida, e cair fora daquela latinha pobre, inexpressiva e minúscula. um peixinho que tem sua origem no mar da sardenha - sardenha, sardinha, bem apropriado - não poderia ser tratado assim. afinal, um dia, ter se rebelado contra o espaço limitado que lhe oferecia o mar mediterrâneo, e disseminado cardumes e mais cardumes oceanos afora, não teria sido em vão.
além de comuns e baratas - in brazil - são deliciosas e possuem a gordura boa que fornece, a quem se alimenta delas, o poderoso ácido graxo ômega-3 encontrado em peixes estrangeiros de estirpe, habitantes de águas geladas.
aqueles, precisam armazenar gordura pela sobrevivência em seu ambiente, e a sardinha, que vive em águas temperadas, armazena a mesma gordura como reserva de energia, pra manter sua vida migratória, aventureira e agitada.
ingredientes

1 xícara/chá de vinagre
1 xícara/chá de azeite ou óleo de boa qualidade
1 kg de sardinhas limpas
2 pimentões verdes médios cortados em cubos
1 pimentão vermelho cortado em cubo - opcional
2 cabeças grandes de alho - os dentes cortados em fatias grossas
3 folhas de louro
1 saches de caldo de legumes
1 sache de sazon, qualquer sabor: alho, alecrim, ...
2 cebolas grandes cortadas em tiras
molho de tomate a gosto


preparando

forre o fundo da panela de pressão com azeite, algumas tiras de cebola, um pouco do molho de tomate e alguns cubos de pimentão.
ajeite as sardinhas, e o restante dos ingredientes em camadas sobrepostas finalizando com azeite e/ou óleo, e vinagre.
leve ao fogo, e quando começar a ferver/chiar diminua a chama do fogão e deixe por 20 minutos.
faça de um dia pro outro, pois, a panela deverá ser aberta, apenas, quando estiver fria - recomendo, no dia seguinte.
como prato principal ou entrada, a sardinha escabeche pode ser mantida na geladeira de 10 a 15 dias.
acompanha arroz, salada de batatas, pão italiano, ...

escabeche modificado:
é possível usar a mesma receita, os mesmos ingredientes, proceder da mesma forma depois de cozido, apenas substituindo a sardinha por beringela e/ou abobrinha cortadas em fatias longitudinais ... basta não fazer na pressão, e controlar o cozimento pra que elas fiquem al dente ou ao gosto de cada um.
importante: jamais utilize água!!!

é isso.

bacalhoando com eça de queirós

"... a cozinha e a adega exercem uma larga e directa influência sobre os homens e a sociedade." (eça de queirós em seu texto em prosa, cozinha arqueológica)

além disso, eça de queirós, sitou a culinária em seus livros, muito mais de 2.000 vezes. em os maias, primo basílio e o crime do padre amaro, por exemplo, são páginas e mais páginas a descreverem refeições. a personagem da criada juliana, em primo basílio - uma paixão - é a referência culinária à tradicional sopa lusitana, homônima, feita à base de batata, cenoura e couve. no capítulo VIII de os maias, eça de queirós refere ao bacalhau do poeta alencar, e no crime do padre amaro alude ao banquete do abade de cortegaça ...

inspirada em eça de queirós, nesta páscoa, costumizei a receita da tradicional bacalhoada familiar, e o resultado foi retumbante.

antes, de cumprir a ação prazerosa e divertida de bacalhoar, tem a estória de bacalhau e de vinho

bacalhoada, tal qual, zé nascimento

quem participa???
800 g de lascas de bacalhau dessalgado
1,2 kg de batatas
340 g de molho de tomate
3 pimentões, verdes, pequenos cortados em cubos
1 lata de ervilhas, com a água
1 abobrinha italiana, grande, ralada ou cortada em pequenos pedaços
2 cabeças, grandes, de alho - corte os dentes em fatias grossas
4 cebolas, médias, cortadas em rodelas
azeitonas verdes
azeite de oliva virgem

como participa???
antes de tudo, acenda o forno.
com o tempero de sua preferência, refogue os pimentões, a abobrinha e a lata de ervilhas. reserve.
frite o alho em azeite de oliva. reserve.
corte as batatas e as cebolas. reserve.
numa travessa ou bacia grande coloque o bacalhau, a batata, a cebola, o molho de tomate, a azeitona, o alho, e misture muito bem, com a mão mesmo, até que fiquem, todos os ingredientes, bem juntinhos.
escolha uma vasilha confortável e apropriada para assar esta delícia. pode ser de louça mas se for de barro, com tampa estará cumprindo o padrão.
coloque parte da mistura, intercale com o refogado de ervilhas, pimentões e a abobrinha, cubra com o restante da primeira mistura, regue com azeite de oliva virgem, tampe e leve ao forno, pré aquecido e alto.
o nariz da cozinheira é o melhor sensor. assim que começar a sentir um cheirinho bom, abra a travessa e certifique-se de que há fervura no caldo formado dentro da assadeira. tampe novamente e feche o forno. daí, é dar o tempo para que a batata cozinhe. na próxima abertura da tampa, espete uma rodela de batata com uma faca para sentir se está cozida. se estiver, retire a tampa e deixe dourar. se perceber que a faca entrou com dificuldade volte a tampa, e deixe assim por mais um tempo no forno, até que a batata esteja cozida e tudo pronto para dourar.
fogão, cada um sabe do seu.
o processo de assar, com a assadeira tampada, aqui em casa, demorou mais de 1 1/2 hora. isso por que a alquimia, assistida e controlada por quem lhe fornece o nome, era reclamada a cada minuto, como um choro ... tô com fome ...

é isso.