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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

rejuvenescedora sopa de abóbora tão festejada em halloween

bom mesmo, é inventar uma boa sopa!!!
melhor ainda se forem três sopas!!!

bouillabaisse, é um prato da cozinha francesa, e é uma sopa.
sua base é um caldo adornado com pão amanhecido, servido junto com peixe, ervas e legumes. sua origem é lá pras bandas do mediterrâneo. conta a lenda que teria sido levada pelos gregos.
na culinária judaica, deliciosa!!! as bolinhas de matzá são servidas em uma sopa de galinha, e fazem o gosto de adultos e crianças.

resta dizer que a sopa existe desde sempre. a descoberta do fogo, que esquenta a água, que aquece o estomago, foi o começo de tudo.
cremosa, líquida, grossa, aguada, pedaçuda, lisinha, de aveia, outros cereais, com macarrão, de pão, legumes, com arroz, feijão, de frango, de carne, de peixe, no prato, na cumbuca, na xícara, ... seja como/qual for, a sopa alimenta, desce sem esforço, é de fácil digestão, favorece o emagrecimento - o metabolismo agradece, já que ele age mais rápido quando nos alimentamos dela - e, como se não bastasse, facilita o trabalho da cozinheira ... na hora de lavar a louça.

por ora, a sopa é de outra casta, é de abóbora, é rejuvenescedora, e compreende, neste momento, neste mês, a um festejo tradicionalmente americano dos usa, mas que o brasileiro vem, aos poucos, e com a ajuda da comunicação via web/internet, adotando como seu ... são 3 receitas!!! cujos ingredientes periféricos podemos adaptar ao nosso gosto, ao tamanho da nossa família, ou ao número de començais ...

primeira receita:
ingredientes:
650 g de abóbora picada - moranga ou de pescoço
1 repolho pequeno passado no processador ou cortado bem miudinho
1 lata de creme de leite light
água o suficiente - 3 ou 3 1/2 l
3 tabletes de caldo de frango assado
2 colheres do meu tempero

cozinhe na panela de pressão, e nos 3 litros d´água, a abóbora, o tempero e os 3 tabletes de caldo. a abóbora, depois de cozida, bata no liquidificador ou no mixer, e junte a ela o repolho. deixe cozinhar por 20/30 minutos, aproximadamente, permita que engrosse, não muito, desligue o fogo, e acrescente o creme de leite.

segunda receita:
ingredientes:
300 g de abóbora em cubos - moranga ou de pescoço
700 ml de caldo de legumes
350 g cubos de maçã sem casca e sem semente
200 g de creme de leite
tomilho fresco ao seu gosto
1 colher/chá de gengibre fresco e ralado
2 colheres/chá de curry em pó
pra decorar:
1 maçã pequena fatiada ou ralada
creme de leite

preparando:
cozinhe a abóbora no caldo de legumes. após cerca de 10 minutos adicione a maçã em cubos, e cozinhe até que esteja macia. bata na própria panela com o auxílio do mixer, ou leve ao liquidificador.

misture o creme de leite, as folhas de tomilho, o gengibre e o curry em pó e acerte o sal. cozinhe por 10 minutos e, em seguida, despeje em tigelas de sopa.
decore com a maçã e sirva com uma colherada de creme por cima.

terceira receita:
ingredientes:
2 colheres/sopa de óleo de girassol - lembrando que este óleo é o mesmo encontrado nas prateleiras do mercado ... simples assim!!!
1 colher/sopa de curry em pó
1 colher/chá de gengibre em pó, ou fresco, e ralado
1 colher/chá de sementes de cominho
1/2 colher de chá de flocos de pimenta vermelha
4 dentes de alho amassados
3 1/2 xícaras de abóbora picada e cozida - moranga ou de pescoço
2 xícaras/chá de caldo de legumes
2 xícaras/chá de leite de coco
sal
coentro picado, para decorar, ou outra erva fresca da sua preferência, salsinha, por exemplo
azeite de oliva virgem pra regar

preparando:
cozinhe a ábobora no mínimo de água, usando vapor, até que esteja tenra e possa ser transformada em purê.
aqueça o óleo em uma panela e adicione o curry, o gengibre, o cominho e a pimenta vermelha em flocos.
mexa por alguns minutos, enquanto os temperos aquecem ​​e tornem o ar perfumado ...
não vá embora!!!
não saia de perto!!!
não se descuide!!!
eles podem queimar em um flash, e você vai ter que começar de novo.

adicione o alho e mexa por um momento. não deixe o alho dourar ... fazendo assim, o sabor vai, delicadamente, dominar a sopa.
despeje o caldo na mistura de especiarias, e mexa bem, fazendo soltar, da panela, qualquer coisa que possa ter aderido ao fundo.

coloque a abóbora no liquidificador e adicione o caldo. misture bem.
aqueça o leite de coco na mesma panela em que aqueceu os temperos e, em seguida, adicione a mistura de abóbora e caldo batida no liquidificador. acerte o sal e regue com o azeite.
sirva com uma pitada de coentro ou salsinha picada finamente.
o brilho do verde do coentro ou da salsinha, contra a tonalidade alaranjada da sopa, adiciona uma sutil idéia de fruto da terra.

abracadabra et, voilà!!!

terça-feira, 12 de julho de 2011

em tempos de frio, tome uma sopa



pequenas comunidades foram criadas beirando os rios, condição apropriada para que homens e animais - cão, boi, cabra, etc - pudessem usufruir da água, e da boa terra, fértil, própria para o cultivo.
o trabalho era dividido: os homens cuidavam da caça, da pesca, da segurança, enquanto as mulheres plantavam, colhiam e educavam os filhos.
assim, os aldeões passam a produzir seus próprios alimentos, e deixam de depender, exclusivamente, da caça.
a agricultura surgiu como o resultado de uma necessidade alimentar e como uma atividade bem adaptada à atual organização da comunidade.
armazenar os alimentos e as sementes para cultivo - antes representavam moeda para troca de mercadorias - leva à criação de peças de cerâmica, que vão ganhando ares decorativos.
as peles, que até aí serviam de vestimenta, são substituídas por tecidos de algodão, linho, lã, mais leves e confortáveis.

a agricultura foi uma das mais importantes descobertas da nossa história. ela provocou alterações valorosas na sociedade humana, e na nossa relação com o meio ambiente. o homem assentou moradia num local e adaptou-se a ele.
esse momento, tão importante para a humanidade, é chamado de revolução neolítica, ou revolução agrária. a vida vegetal passa a ter fundamental importância para a sobrevivência humana. o homem passa a dedicar seus esforços à reprodução de plantas, a domesticar animais, e a estocar alimentos.

os primeiros cultivos foram o trigo, a cevada, o milho, a soja e o arroz.

em poucas palavras: há 10.000 anos ocorreu a transição da pré-história para a história.

o hábito alimentar de comer sopa tem sua raíz nos povos do sul da europa desde o período neolítico.
vai daí que faz 5.000 anos que o homem cozinha alimentos em água. a água penetra nos alimentos fácilmente, em temperaturas mais baixas do que a da fritura, do assado e do grelhado permitindo que se utilizem partes dos alimentos que antes eram desperdiçadas, por serem muito duras. por outro lado cozinhar alimentos variados, todos juntos e ao mesmo tempo, desperta o paladar para sabores desconhecidos, e possibilita criar combinações de alimentos cujo paladar pode ser único e formidável.

a palavra "sopa" deriva do termo teutônico - alemão, germânico - "suppa", uma iguaria medieval pastosa depositada, em fartas porções, sobre fatias de pão.
a sopa sobreviveu à queda do império romano, arrastou-se até o império bizantino, superou sua queda, e alcançou os turcos otomanos em 1454, que a elaboravam com bastantes legumes. o caldo era servido em tigelas comunitárias, distribuído entre várias pessoas. talvez, inicialmente, serviria como molho, ou para manter a comida aquecida. os sólidos, seriam degustados à parte, inteiros, ou divididos em pequenos pedaços para serem consumidos juntos.
a essa altura, o perfume das sopas originárias da ásia central, já exalava pelos corredores da nobreza europeia.

a sopa é fácil de cozinhar, apropriada para qualquer hora do dia, em qualquer lugar, é econômica, saudável, de fácil digestão, por isso, apropriada para regimes alimentares e, acima de tudo, nutritiva, podendo conter legumes, cereais e verduras de várias cores.

não me farto de dizer, sobre o quanto a obra de eça de queirós privilegia a culinária. [
leia ...]
em
primo basílio
juliana, empregada na casa de jorge e luiza é, por exemplo, uma referência à sopa juliana, típica da cultura portuguesa.
curioso saber: juliana é filha bastarda e representa a amargura e o tédio na obra de eça de queirós. solteirona, feia e virgem, vive atormentada com a condição de empregada doméstica e, por isso, odeia a vida, o mundo, as pessoas.

o que me resta, diante de tanta história e de tão grata lembrança??? a receita da sopa.



sopa juliana

ingredientes:
250 g de batatas
250 g de cenouras
1 nabo
1/2 couve lombarda picada [
conheça aqui] - a couve lombarda é o repolho. ela pode ser substituída pela couve manteiga, ou por qualquer outra verdura da sua preferência.
1 cebola picada
50 g de toucinho picado
2 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
1 dente de alho amassado
1 tablete de caldo de carne
sal - se necessário, e a gosto
pimenta do reino
salsa em abundância
queijo ralado - pode ser parmesão, ou outro de sua preferência

preparo:
lave e descasque os legumes e corte-os em juliana - tiras finas.
pique o toucinho e frite-o no azeite.
junte o dente de alho amassado e deixe dourar.
se preferir, retire o alho e coloque os legumes - eu prefiro deixar o alho.
refogue por 5 minutos.
coloque o caldo de carne, dissolva, e acrescente litro e meio de água quente.
tempere com sal e pimenta a gosto, e deixe cozinhar.
sirva e, em cada prato polvilhe bastante a salsa picada e o queijo ralado.

a receita é
daqui, e adaptei do meu jeito.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

sopa de batata e cebola

a batata inglesa é do peru!!!

uma delícia, versátil, prática, acompanha, é prato principal, tem vitaminas e minerais, tira dor de cabeça, resolve muito apuro na cozinha, dá banca de inglesa, nasceu no peru, mais precisamente nos andes peruanos e bolivianos, e é cultivada há 7.000 anos.
disseminada pela europa por conta das aventuras espanholas desbravadoras e devastadoras, a batata - papa na língua quíchua - foi criando vestimentas diferentes através de receitas inventadas aqui e ali, e se tornou um dos principais ingredientes das panelas e assadeiras de muita (o) cozinheira (o) mundo a fora.
esta receita, the best of the best, segundo o povo aqui do lar, é fruto de alguma pesquisa, mas deriva da minha paixão pela cozinha informal, aquela sem obrigação, sem monotonia, cheia de graça. em meio a tudo isso tem o elemento que deveria impulsionar todos aqueles que pisam numa cozinha com a intenção de produzir qualquer alimento, do chá ao mais elaborado prato: a afeição por quem vai ser alimentado. dizer que o alimento foi feito com amor é a frase corriqueira que encerra a mais verdadeira motivação para o sucesso culinário de quem quer que seja.
em verdade lhes digo: a alimentação é o mais verdadeiro, e o mais primitivo ato de amor.

medidas:
colher = sopa

quem sai da dispensa???

10 batatas médias cortadas em cubos
4 cebolas grandes cortadas em cubos
4 cubinhos de caldo de frango com ervas
2 caixinhas de creme de leite - 200 g cada uma
2 colheres, bem fartas, do meu tempero - abra o link e leia a receita
2 colheres, bem fartas, de margarina
3 colheres de azeite de oliva

quem entra na panela???

numa panela grande, aqueça o azeite e a margarina, acrescente o tempêro e os cubinhos de caldo, deixe fritar um pouco, coloque as cebolas e as batatas e refogue por 5 minutos.
acrescente água suficiente para cobrir e ficar 2 dedos acima do conteúdo da panela.
deixe cozinhar, até que a batata esteja molinha.
bata no liquidificador ou direto na panela com o auxílio do mixer, acrescente o creme de leite, bata mais um pouco, deixe incorporar todo mundo e ... bom apetite!!!
colocada em tigelinhas de barro ou louça, coberta com queijo ralado ou fatias de mozzarella, e levada ao forno para gratinar, esta sopa que, simples assim, é uma catástrofe, se transforma em algo retumbante.

é isso.