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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

caldo de pés de galinha

e os pés de galinhas???
não, não vá pro espelho!!! não são os seus!!! os pés em questão, são os da penosa.

galinha é bom de cabo a rabo!!! e um bom caldo, um ensopado de pés de galinha será a base de toda a alegria que reinará aqui no lar, enquanto ele durar.

o ensopado, que é como eu gosto de chamar, resulta na gelatina do mocotó da galinha ... colágeno puro ... e tem muita sustância, como dizia minha vó.

ossinhos e tendões cozidos viram uma diversão gastronômica pra ser administrada com calma e prazer ... quanto ao sabor ... não tenha medo!!! é agradável, delicado e bom pra crianças e gulosos de um modo geral.

e você pode criar a sua própria receita, adequada ao seu gosto variando legumes e temperos. no de hoje coloquei folhas de salsão, cebolinha, tomate, alho, cebola, cenoura, chuchu, abobrinha ... tudo junto na panela de pressão e, depois de cozido, macarrão integral no formato gravatinha pra melhorar.

os pés de galinha compro no açougue, e trago pra casa completamente limpinhos.



abracadabra et, voilà!!!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

bolinhos de ovos/muffins ... muito fáceis de fazer

tropecei nesta receita há um tempo, e pensei que poderia ser uma grande ideia pro lanche, ou uma rápida opção de café da manhã ... muffins também são uma opção excelente pra servir durante uma sessão de cinema caseira, ...

estes muffins salgados são fáceis de montar e são saudáveis.
vamos usar claras de ovo, e apenas uma parte das gemas e a casa vai ficar com um cheiro incrível.

ingredientes:
1 maço de cebolinha picada
2 cenouras médias raladas
1/2 abodrinha, média, ralada
1/2 pimentão vermelho picado
14 claras de ovo
4 ovos inteiros
1/2 colher de chá de manjericão
1, 2 ou 3 fatias de muçarela
sal e pimenta

preparando:
pré-aqueça o forno em temperatura quente - hoje resolvi não determinar quantos graus, já que todos nós sabemos sobre a máxima da culinária: de homem/mulher e forno, cada um sabe do seu.
unte formas para bolinhos/muffins ou empadas, com uma pequena quantidade de azeite de oliva.

combine os legumes em uma tigela grande.
encha cada forminha do muffin com a mistura dos legumes.
bata os ovos e os temperos em uma tigela grande.
com o auxílio de uma concha despeje os ovos batidos, lentamente, em cada lata muffin.
a mistura de ovos deverá preencher as forminhas por inteiro. cubra cada um com uma lasquinha de muçarela.

asse por 30 minutos, ou até os bolinhos terem crescido e estejam levemente dourados.

servir e acabar com tudo, ou manter na geladeira - por até 5 dias - pra comer a qualquer hora.

estes muffins suportam troca dos legumes, o acréscimo de outros, e a inclusão de algum cereal ou de outro ingrediente ... fica por conta da imaginação de cada um ... cozinhar é ousar!!!

abracadabra et, voilà!!!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

lanche com torradas, queijo e legumes ... prático!!!

este lanche é feito coração de mãe, é alegria e festa, e serve quem estiver ao redor.

mas também é nutritivo, saboroso, muito prático e fácil de fazer.
as quantidades vão depender uma da outra: quantidade de pessoas, tamanho da assadeira, quantidade de legumes, de ovos e de creme de leite ... teste o seu olhômetro, ele será o seu melhor aliado.

ingredientes:
legumes e verduras - tudo o que tiver na sua geladeira: alho porró, cenoura e abobrinha, beringela é o que tinha na minha
azeite de oliva ou óleo de girassol - o óleo de girassol é aquele que tem no mercado
1 cebola ralada
3 dentes de alho esmagados
ou
3 colheres de sopa do meu tempero - receita aqui!!!
fatias de torrada integral - a quantidade vai depender do tamanho da assadeira e/ou da quantidade de pessoas
polpa de tomate ou molho pronto
ovos - eles vão acompanhar o tamanho da sua assadeira, a quantidade de fatias de pão, e a quantidade de legumes
creme de leite - pode ser o de caixinha ou o fresco e acompanhará a quantidade de ovos
queijo ralado ou esfarelado - qualquer um: gorgonzola, muçarela, provolone - usei muçarela
ervas e especiarias - pimenta, nós moscada, páprica, orégano, coentro, cebolinha, salsinha

preparando:
pré-aqueça o forno a 200ºc.
unte uma assadeira com azeite ou óleo de girassol.

corte os legumes em pedaços pequenos e refogue em uma panela no azeite/óleo de girassol com cebola/alho/meu tempero. acerte o sal.

com a ajuda de 2 garfos ou do fouêt, bata os ovos em ponto de espuma, e misture com o creme de leite, as ervas e as especiarias, e acerte o sal.

passe uma fina camada de manteiga ou margarina nas torradas de pão integral, e acomode-as na assadeira untada.
espalhe sobre elas a polpa de tomate ou molho pronto. espalhe os legumes refogados, e cubra com a mistura de ovo batido e de creme de leite. polvilhe com o queijo.
asse no forno até que o queijo esteja derretido e dourado.

abracadabra et, voilà!!!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

gratinado com frango e vegetais

ingredientes:
legumes cozidos cortados miudinho - vagem, alho porro, cenoura, e outros da sua preferência - enriqueça, fazendo um rápido refogado com cebola, alho, azeite e os legumes picados ... uma salteada, apenas
1 pimentão vermelho, cru, picadinho - encaixe o pimentão no salteado dos legumes ...
1 maço de cebolinha picada
sobras de frango desfiado
100 g de manteiga
150 g de farinha
3 xícaras de caldo de legumes - se preferir, faça o seu, você mesmo, com as folhas de aipo, alho porró, maço de ervas frescas, cebola, alho, cenoura, vagem, tomate ... e utilize a cenoura, a vagem, o alho porró no gratinado
3 xícaras de leite integral
8 ovos
sal a gosto ... cuidado!!!
1 pimenta dedo de moça - cortada em rodelinhas, sem semente, e sem a nervurinha branca do seu interior - é opcional
mistura de farinha de rosca e queijo ralado pra untar e salpicar sobre tudo, antes de levar ao forno

preparando:
pré-aqueça o forno em temperatura média - é a velha história: de fogão/forno, homem/mulher, cada um sabe do seu.
unte um refratário com manteiga e a mistura de farinha de rosca e queijo ralado.

derreta a manteiga em uma panela e incorpore a farinha, sempre mexendo.
acrescente o caldo de legumes e o leite.
cozinhe esta massa por alguns minutos, mexendo constantemente, até engrossar.
retire a panela do fogo, deixe amornar.

enquanto isso, bata as claras em neve.

depois de morna a massa da panela, acrescente as gemas, mexa.
acrescente o frango desfiado, mexa.
acrescente os legumes e o pimentão, a pimenta dedo de moça, mexa.
por fim acrescente metade das claras em neve, mexa.
acerte os sal. mexa.
vire o restante das claras batidas em neve, mexa/misture devagar, delicadamente.

despeje a mistura no refratário untado.
salpique com a mistura de queijo ralado e farinha de rosca, e leve ao forno por, aproximadamente, 1 hora, até que o palito saia limpo.

divirta-se!!!

abracadabra et, voilà!!!

domingo, 25 de agosto de 2013

bolo de legumes, sem farinha

ingredientes:
1/4 de repolho
1/2 couve-flor
3 cenouras
1 lata de milho verde
100g de vagens
3 colheres - sopa - de parmesão ralado ou provolone ralado
150/200 g de queijo gorgonzola esfarelado
4 claras em neve
4 gemas
1 colher - sopa - de manteiga ou margarina derretida - derreta sem fritar
sal, se necessário
salsinha picada ao seu gosto

preparando:
pré-aqueça o forno, em temperatura média.
unte uma forma alta com óleo de girassol e fubá.
cozinhe, separadamente, em água salgada: o repolho, a couve-flor, as cenouras e as vagens. depois dos legumes cozidos, corte em cubinhos pequenos. reserve.
em uma panela deixe ferver o milho até secar toda a água. reserve.
bata as claras em neve e, sempre batendo, junte as gemas, uma a uma.
desligue a batedeira e, mexendo, adicione a manteiga derretida, o queijo gorgonzola, o queijo parmesão ou provolone ralado, os legumes, um a um, o cheiro verde, e acerte o sal - neste ponto ... cuidado!!! pois, provolone, parmesão e gorgonzola têm sal.
coloque a mistura na forma untada.
leve ao forno, pré-aquecido, em banho maria, e deixe cozinhar até dourar - pra adiantar inicie o processo com água fervida, e vigie pra que ela não seque.
sirva com um suco feito com melancia e tomate, adoçado com açúcar demerara.

use a imaginação!!! exagere!!! divirta-se!!!

abracadabra et, voilà!!!

requeri/regina claudia

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

guisado de músculo com batatas



cozinhar não é apenas fartar a barriga. cozinhar é um ato da comunhão de cérebro e coração. com certa inspiração costumo dizer que, alimentar é o mais primitivo e eficiente ato de amor.

dito isto, e sobre a receita de agora, é bom saber: poucos são os pratos, com carne vermelha, que eu exponho no blogg. gosto de queijo, e queijo não combina com carne. por outro lado, prefiro carnes mais leves.

são simples, são explicações: sobre carnes e derivados do leite, aprendi, durante a convivência com a colônia judaica - 22 anos ininterruptos - que as leis do kashrut do judaismo, segundo os rabinos da época talmútica, estão além das capacidades humanas. qualquer razão contida nessas leis conclui que elas treinam o homem/mulher para torná-lo comandante de seu apetite, o acostumam a controlar seus desejos, e evitam que, comer e beber, tornem-se a razão da sua existência.
a comida judaica, deliciosa, não une queijo e carne na mesma panela, ou no mesmo prato.
utensílios de carne não cruzam com utensílios de queijo, no mesmo guarda louças. a boca que degusta carne agora, não é a mesma que degusta o leite e seus derivados logo a seguir. enfim, tem hora e lugar pra tudo.
as leis do kashrut tornaram-se um fator de união dos judeus, através das lembranças de suas origens.
d'us é sagrado. o povo de d'us é sagrado.
kedusha quer dizer sagrado e deriva da palavra kadosh, que quer dizer separado. o sagrado é diferente, e o povo de israel é diferente.
kosher é o tipo de comida própria pra ser ingerida pelos judeus.
terayfa é a comida não kosher.
enfim, não se deve misturar carne e leite, dita uma das leis do kashrut ...[entenda, lendo aqui]

com relação ao consumo de carne, eu acredito que, há anos, nós nos comportávamos de maneira muito diferente.
lembro-me, ainda menina, o açougueiro - seu américo - era presença diária em nossas vidas.
hoje é um pouco diferente, e a carne não vem todos os dias em nossas mesas dando abertura para muitos outros alimentos.
não me alimento com carne vermelha habitualmente, por prudência, ... e os meus argumentos são particulares. prefiro um ovo cozido, me atrai o molho à bolognesa feito com beringela, porém, a receita a seguir, italianíssima, é um bom motivo pra fugir à regra quando em vez.
se não pelo gosto, que seja pelo ritual da preparação que beira ao cerimonial.
independente do ambiente onde será servida, ou de quantos irão saboreá-la esta receita prende a atenção, é lúdica, exala odores ótimos, expõe uma visão agradável.
ao final, já servida, é pra ser saboreada de olhos fechados, uma homenagem, uma reverência, puro respeito.

guisados são muito populares no méxico, na américa central, no equador e na colômbia. muitas das receitas do guisado dessas regiões são as receitas modificadas pelos americanos.
as receitas de guisado são algumas das receitas mais velhas no mundo. a grande coisa sobre o guisado é que os nutrientes e o sabor permanecem, por inteiro, e são receitas que utilizam ingredientes pra produzir grandes combinações do sabor.
o spezzatino di patate, ou o stufatino di muscolo pode ser traduzido assim: cozido ou guisado de músculo ou, simplesmente, ensopado de batatas ou, ainda, guisado de batatas, guisado de músculo com batatas ... enfim, como queiram.

ingredientes:
1kg de músculo cortado em cubos
1kg de batatas cortadas na metade ou em quatro partes
2 belas e grandes cebolas picadinhas
1 1/2 copos de vinho tinto seco
1 lata de tomates em conserva ou 450g de tomates frescos sem pele, picados miúdo
caldo de legumes, mantido aquecido
1 colher - chá - de paprica doce em pó
1 bom punhado de alecrim
1 ou 2 pimentas vermelhas sem a semente, e picadas - opcional
sal a gosto
azeite de oliva extra virgem
um bom tanto de salsinha picada

preparando:
em uma panela grande, refogue a cebola no azeite extra virgem, até que fique transparente e levemente dourada.
sobre o refogado da cebola, coloque a carne e doure um pouco, mexendo bem e mudando os lados da carne.
quando a carne começa a adquirir cor, teste/adicione o sal, misture e acrescente o vinho tinto.
assim, a carne deve continuar cozinhando, lentamente em fogo baixo, com a panela tampada.
quando o molho reduzir um pouco, adicione o alecrim, a páprica doce em pó e deixe apurar mais alguns minutos.
agora coloque os tomates e despeje o caldo de legumes para cobrir todo o conteúdo.
tampe a panela, e deixe cozinhar. levará cerca de uma hora e meia ou duas horas.
durante o passar desse tempo, prove até que a carne esteja quase completamente macia.
em seguida adicione as batatas, já descascadas e cortadas em pedaços grandes, e deixe cozinhar no molho.
se necessário, teste e ajuste o sal, e acrescente mais caldo de legumes.

atenção!!! o molho deve ser um molho, bem reduzido e espesso. não pode ser um caldo.

cubra e deixe cozinhar, até que fiquem completamente cozidas, carne e batatas.
mantenha a atenção, e mexa com muito cuidado, para não grudar no fundo da panela.
para servir, salpique a salsinha picada.

sem as batatas, o guisado pode ser servido com polenta, ou com pão italiano. experimente acompamnhar tudo isso, com uma salada de agrião.



algumas histórias de alimentação, inclusive, da polenta

é isso.

requeri/regina claudia

quarta-feira, 27 de julho de 2011

strogonoff de berinjela



salve a berinjela!!!

a berinjela tem seu berço lá pelas bandas da índia, e é bem cultivada em clima tropical.
além de seu formato arredondado, acentuadamente ovalado, tem casca fina, roxa, quase preta, e polpa branca de agradável mastigação, cravejada de sementes claras, miúdas, e escondidinhas. sendo de boa qualidade seu cabinho é verde, firme, e o fruto é livre de manchas.
se estiver muito madura não é legal comprar, tampouco consumir. nota-se facilmente quando é assim, pois, sua aparência é murcha, enrugada e mole. sendo assim, o sabor pode ser amargo e desagradável.

a berinjela deve ser armazenada sob refrigeração, por um período máximo de 4 dias, inteira, com o cabinho, e com casca. só assim, não haverá perda das funções de seus nutriientes.

para que ela se mantenha íntegra, lave-a bem, em água corrente, e efetue o corte de sua preferência, minutos antes do preparo. a forma ideal de corte, para que minimize a perda de nutrientes, é em pedaços grandes e com casca - tal procedimento não nos impede de descascá-la, conforme a indicação para a receita de hoje.

prolongar o tempo de cozimento, em altas temperaturas, com água abundante, reduz o aproveitamento das vitaminas hidrossolúveis contidas em sua composição.

cozida, assada, como patê, como antepasto [aqui ...], grelhada, em conserva, recheada ou refogada, são algumas formas ideais pro preparo da berinjela. fritá-la significa obter um resultado desagradável. por ser esponjosa, essa forma de preparo deixa-a encharcada de óleo, o que propicia a perda de grande parte de seus nutrientes, e o aumento do valor calórico em 4 vezes.
uma dica interessamte e pouco usual, é incluir a berinjela crua, com casca, cortada em pequenos pedaços, na salada de legumes.

farta em proteínas, a berinjela, não deve nada à carne, e tem a vantagem de ser pouco calórica. portanto, a receita a seguir, é um prato autêntico, e recheado de vantagens: leve, digestivo, nutritivo, diferente, delicado, sem culpa e muito saboroso.

ingredientes:

1 cebola picada
1 xícara - chá - de azeite
2 berinjelas grandes, sem casca cortadas em cubos
3 tomates maduros sem pele e picados
1 xícara - chá - de cogumelos picados
1 colher - sopa - de mostarda
2 colheres - sopa - de catchup light
1 colher - chá - de molho inglês
1/2 xícara - chá - azeitonas verdes picadas
1 lata de creme de leite light
ou
1 copo de iogurte natural desnatado
sal a gosto
1 maço salsinha picada
1 maço de cebolinha verde picada

preparando:

aqueça a panela, coloque o azeite, a cebola, e refogue até que a cebola comece a dourar. acrescente os tomates, os cubos de berinjela, e deixe cozinhar por 15 minutos. vigiando. mexendo. cuidando.
acrescente a cebolinha picada, as azeitonas, os cogumelos, a mostarda, o catchup, o molho inglês, e incorpore-os uns aos outros. deixe apurar por mais 3 minutos. coloque o creme de leite - ou iogurte desnatado - misture, desligue o fogo, salpique a salsinha.

como sugestão de acompanhamento, vai por mim ... arroz branco, salada de legumes cozidos, alguma verdura crua.
quer abusar??? coloca o strogonoff/stragonov dentro do pão italiano, faça dele um espetacular molho pra massa ou pro purê de batatas, ponha do lado dele uma boa porção de batatas sauté, ou enfeite qualquer das variações acima, com um bom tanto de batatas palha.

cheia de curiosidade, com plena consciência de que a verdade se perde pelo caminho com o passar do tempo, busquei, e encontrei alguns - 3 - relatos simples, sobre a origem do stroganov/strogonoff/estroganofe, [aqui ...], [aqui ...] e [aqui ...].

terça-feira, 12 de julho de 2011

em tempos de frio, tome uma sopa



pequenas comunidades foram criadas beirando os rios, condição apropriada para que homens e animais - cão, boi, cabra, etc - pudessem usufruir da água, e da boa terra, fértil, própria para o cultivo.
o trabalho era dividido: os homens cuidavam da caça, da pesca, da segurança, enquanto as mulheres plantavam, colhiam e educavam os filhos.
assim, os aldeões passam a produzir seus próprios alimentos, e deixam de depender, exclusivamente, da caça.
a agricultura surgiu como o resultado de uma necessidade alimentar e como uma atividade bem adaptada à atual organização da comunidade.
armazenar os alimentos e as sementes para cultivo - antes representavam moeda para troca de mercadorias - leva à criação de peças de cerâmica, que vão ganhando ares decorativos.
as peles, que até aí serviam de vestimenta, são substituídas por tecidos de algodão, linho, lã, mais leves e confortáveis.

a agricultura foi uma das mais importantes descobertas da nossa história. ela provocou alterações valorosas na sociedade humana, e na nossa relação com o meio ambiente. o homem assentou moradia num local e adaptou-se a ele.
esse momento, tão importante para a humanidade, é chamado de revolução neolítica, ou revolução agrária. a vida vegetal passa a ter fundamental importância para a sobrevivência humana. o homem passa a dedicar seus esforços à reprodução de plantas, a domesticar animais, e a estocar alimentos.

os primeiros cultivos foram o trigo, a cevada, o milho, a soja e o arroz.

em poucas palavras: há 10.000 anos ocorreu a transição da pré-história para a história.

o hábito alimentar de comer sopa tem sua raíz nos povos do sul da europa desde o período neolítico.
vai daí que faz 5.000 anos que o homem cozinha alimentos em água. a água penetra nos alimentos fácilmente, em temperaturas mais baixas do que a da fritura, do assado e do grelhado permitindo que se utilizem partes dos alimentos que antes eram desperdiçadas, por serem muito duras. por outro lado cozinhar alimentos variados, todos juntos e ao mesmo tempo, desperta o paladar para sabores desconhecidos, e possibilita criar combinações de alimentos cujo paladar pode ser único e formidável.

a palavra "sopa" deriva do termo teutônico - alemão, germânico - "suppa", uma iguaria medieval pastosa depositada, em fartas porções, sobre fatias de pão.
a sopa sobreviveu à queda do império romano, arrastou-se até o império bizantino, superou sua queda, e alcançou os turcos otomanos em 1454, que a elaboravam com bastantes legumes. o caldo era servido em tigelas comunitárias, distribuído entre várias pessoas. talvez, inicialmente, serviria como molho, ou para manter a comida aquecida. os sólidos, seriam degustados à parte, inteiros, ou divididos em pequenos pedaços para serem consumidos juntos.
a essa altura, o perfume das sopas originárias da ásia central, já exalava pelos corredores da nobreza europeia.

a sopa é fácil de cozinhar, apropriada para qualquer hora do dia, em qualquer lugar, é econômica, saudável, de fácil digestão, por isso, apropriada para regimes alimentares e, acima de tudo, nutritiva, podendo conter legumes, cereais e verduras de várias cores.

não me farto de dizer, sobre o quanto a obra de eça de queirós privilegia a culinária. [
leia ...]
em
primo basílio
juliana, empregada na casa de jorge e luiza é, por exemplo, uma referência à sopa juliana, típica da cultura portuguesa.
curioso saber: juliana é filha bastarda e representa a amargura e o tédio na obra de eça de queirós. solteirona, feia e virgem, vive atormentada com a condição de empregada doméstica e, por isso, odeia a vida, o mundo, as pessoas.

o que me resta, diante de tanta história e de tão grata lembrança??? a receita da sopa.



sopa juliana

ingredientes:
250 g de batatas
250 g de cenouras
1 nabo
1/2 couve lombarda picada [
conheça aqui] - a couve lombarda é o repolho. ela pode ser substituída pela couve manteiga, ou por qualquer outra verdura da sua preferência.
1 cebola picada
50 g de toucinho picado
2 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
1 dente de alho amassado
1 tablete de caldo de carne
sal - se necessário, e a gosto
pimenta do reino
salsa em abundância
queijo ralado - pode ser parmesão, ou outro de sua preferência

preparo:
lave e descasque os legumes e corte-os em juliana - tiras finas.
pique o toucinho e frite-o no azeite.
junte o dente de alho amassado e deixe dourar.
se preferir, retire o alho e coloque os legumes - eu prefiro deixar o alho.
refogue por 5 minutos.
coloque o caldo de carne, dissolva, e acrescente litro e meio de água quente.
tempere com sal e pimenta a gosto, e deixe cozinhar.
sirva e, em cada prato polvilhe bastante a salsa picada e o queijo ralado.

a receita é
daqui, e adaptei do meu jeito.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

macarrão, legumes e ... pronto!!!


se escrever é um ato positivo e inspirado, per si, escrever sobre alimentos é positivo, inspirado e apaixonante. escritores de alimentos usam criatividade com palavras e com receitas. é o alimento em perspectiva. a cozinha vibrante vem de culturas antigas, e uma coisa puxa a outra. o escrito sobre alimentos conta história, conta lenda.

macarrão!!! discute-se sobre ele não é de hoje. a palavra, vem do grego, vem do latim??? começa daí. fui pedir auxílio à boa e antiga enciclopédia, aquela coleção de livros, letras sobre papel, uma após a outra, sem dúvida, pura confiabilidade!!! lá está escrito que a palavra macarrão, deriva da italiana, maccherone, e quer dizer, pasta fina.
história vai, história vem, e houveram algumas tentativas de relacioná-la com a palavra grega makaria - caldo de cevada - ou com a italiana ammaccare, do latim macerare - ferir ou esmagar - quando se trata do trigo triturado.

não sei bem qual a idéia que estou tendo ao escrever agora, mas talvez haja algo aí mesmo, na reflexão sobre cozinhar e escrever o cozinhado. sei que não pretendo dizer sobre macarrão e marco polo que nasceu em 1254. dizer, o quê??? se 3000 anos a.c. já existia documentação sobre ele, o macarrão. se não, por que os etruscos gravariam em uma tumba, facas, uma rodinha utilizada no corte da massa e um rolo de macarrão???
pensando grossamente na história, até 2010, daria pra montar um bom tanto de texto com estudos da culinária de todos os cantos e um mapa farto de, por exemplo, onde o macarrão iniciou sua jornada e de tudo que acontecia à sua volta.
eis aí uma pequena amostra de como a história se desenrola. no entanto, por ser antiga, e por ser história, ela é dita e localizada de formas diversas. dá um nó no tempo, é atemporal, adquire amplos sentidos e produz sua própria versão dependendo daquele que se diverte especulando e escrevendo sobre ela.

lenda é lenda!!!

o que é de fácil constatação é que a pasta, o macarrão, a massa, se dá ao desfrute de ter uma infinita variedade de formas e se banha, ludicamente, com outro tanto infinito de cores, cheiros, sabores e consistências de molhos.

contudo, não permito terminar este texto sem mencionar o escritor romancista, dentre todos, aquele que mais exultou a alimentação, prerrogativa de quem escreve ficção lembrando que personagens podem ter fome e, até, conseguem saborear alimentos ... eça de queiroz.
se escrever romances é um ato de amor acho que posso fazer valer o pensamento que me brotou desde o tempo em que o porrinha se alimentava por aqui: alimentação, a mais primitiva e eficiente demonstração de amor.

trata-se da receita de macarrão e legumes.

medidas:
colher = sopa

quem vai pra panela???
1 pacote de macarrão
3 abobrinhas médias, raladas
1 pimentão verde cortado em cubos
1 pedaço de abóbora de, mais ou menos, 450 g, cortado em cubos - aquela de fazer quibebe e doce, que chamam de pescoço
1 escarola picada
1 maço de cebolinha verde picada - alguns ingredientes culinários eu os pico com o auxílio de tesoura. a cebolinha é um deles.
1 lata de ervilhas com a água - se não gostar de ervilhas, substitua por milho verde, por cogumelos, ...
3 tabletes de caldo de frango assado, costelinha de porco ou legumes
3 tomates, grandes, vermelhinhos, sem pele, picados
óleo e/ou azeite de oliva extra virgem
2 colheres do meu tempêro

como fazer???
enquanto ferve a água e cozinha o macarrão, frite o tempêro no óleo e/ou azeite junto com os tabletes de caldo. acrescente os tomates deixe apurar e acrescente a abóbora. refogue. acrescente o pimentão. refogue. acrescente a abobrinha ralada. refogue. acrescente a escarola. refogue. acrescente a lata de ervilhas, deixe incorporar todo mundo, e apurar. acrescente a cebolinha verde picada. acerte o sal. misture tudo. desligue o fogo. pronto!!!
apurar pode significar deixar no fogo médio por uns 15 minutos, até que o molho esteja encorpado.
tempere o macarrão, e alerte os comensais, sobre o prazer que sentirão se deitarem um fio de azeite de oliva sobre seus pratos.

é isso.