sexta-feira, 17 de agosto de 2012

bolo de mandioca/aipim com muito coco

qual é a sua intenção culinária pro final de semana???

achei que seria uma boa ideia impor a mim e a vocês, o desafio de, de alguma maneira, perpetuar o sabor doce, que há muito tempo não tenho destacado aqui no blogg.
me pareceu interessante publicar esta pepita da caipirice brasileira ... o bolo de mandioca.

acho que, com ele, não dá para negar a importância do doce como contribuinte direto da nossa alegria. ele foi escolhido pra dar, a qualquer regime ou contenção da gula, uma chance de liberdade, pela razão simples que é o prazer de matar uma vontade banal, corriqueira.
ingredientes para o bolo:
2 xícaras - chá - de açúcar - se quiser usar o açúcar cristal, ele deixa o bolo com uma crostinha deliciosa
1 xícara/200g/chá de manteiga
4 ovos
2 xícaras/chá de mandioca/aipim crua ralada
1 vidro de leite de coco
2 colheres/sopa de fermento químico em pó
1 xícara/chá de farinha de trigo

ingredientes e preparo da cobertura:
em uma panela, misturar bem:
1 xícara/chá de leite condensado
1 xícara/chá de leite de coco
1 xícara/chá de coco ralado
1/2 xícara/chá de coco ralado para salpicar por cima depois de assdo
levar todos os ingredientes da cobertura, ao fogo médio e mexer até obter um creme. cobrir o bolo ainda quente e salpicar tudo com a 1/2 xícara de coco ralado.

preparando o bolo:
pré-aqueça o forno em temperatura média ... em alguns fornos, a 180ºc - sem esquecer de que forno/homem/mulher, cada um sabe do seu.
unte uma forma com manteiga e farinha de rosca.
na batedeira bata as claras em neve.
na batedeira bata o açúcar e a manteiga até formar um creme. junte as gemas, a mandioca e o leite de coco. bata bem e adicione a farinha, aos poucos, e o fermento em pó e, por fim, sem bater, apenas mexendo, as claras em neve.
coloque a massa na forma untada, e asse em forno médio por, aproximadamente, de 40 minutos, ou até que o palito saia limpinho.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

pizza recheada com ovos, feita com massa de sobras arroz

fico muito feliz.
me interessam mais as receitas que vêm da simplicidade.
me interessa a culinária que manuseia produtos simples, comuns, que consigam criar novo sabor a partir de todos os que já conheço.

comandar a combinação de cores e sabores, seja daqueles já conhecidos, buscando uma variação do mesmo sabor, seja tentando combinar outros e novos, equivale a trilhar um caminho que me conduz à felicidade.

coloridos e cheirosos resultados maravilhosos, de visual repaginado, e apresentação aprimorada, um prato que mantenha um sabor familiar renova o apetite de quem se delicia também com os olhos.

basta uma idéia, um toque qualquer, alguma ousadia e não é preciso nem a história, já que a história está traduzida, simplesmente, nos odores, nos sabores, na imagem incrivelmente particular.

sobre simplicidade: tem coisa mais simples do que arroz com ovo???

ingredientes pra massa:
2 xícaras - chá - de arroz cozido
1 colher - sopa - do meu tempero - receita, aqui
1 1/2 copos - 250ml - de leite
1 xícara - chá - farinha de trigo integral
100g de margarina
3 ovos inteiros
100g de queijo parmesão ralado
ou
100g de queijo gorgonzola esfarelado
1 colher - sopa - de fermento químico

preparando:
aquecer o forno em temperatura quente.
untar uma assadeira, redonda ou quadrada, com óleo e farinha.
bater todos os ingredientes no liquidificador.
ajeitar a massa na assadeira na grossura que preferir. a massa pode ser mais fina ou mais grossa. se preferir, use mais assadeiras.

o rechear ficaria ao seu gosto, se esta fosse uma pizza qualquer, mas como a sugestão é de pizza recheada com ovos ... anote!!!

ingredientes pro recheio:
6 ovos - menos ou mais ovos vai depender da quantidade de pessoas ... ovos de codorna não devem ser descartados
2 cebolas médias cortadas em cubinhos
3 tomates, sem pele e sem sementes, cortados cubinhos
2 pimentões verdes, cortados em cubinhos - retire a fibra branca do interior do pimentão, para que não fique indigesto
cogumelos cortados em fatias
muçarela ralada
queijo cheddar - ralado, cremoso ou em fatias
sal, manjericão e orégano a gosto
pimenta dedo de moça, sem as sementes, picada - opcional
azeite de oliva

preparando o recheio:
numa panela ou frigideira, coloque azeite, deixe esquentar, e salteie as cebolas, os tomates, os pimentões, os cogumelos e a pimenta - opcional - temperando a gosto com sal, orégano. antes de retirar do fogo, acrescente folhas de manjericão, mexa e desligue.

a massa estando pronta, assada, cubra com os legumes salteados, com a muçarela ralada, com o queijo cheddar, quebre os ovos, acomodando sobre tudo, distribuindo como preferir. regue tudo, muito bem, com azeite de oliva.

se quiser inovar ainda mais, quebre os ovos dentro de rodelas de pimentão, ou faça pizzas individuais, ... invente!!!
leve ao forno para derreter os queijos e cozinhar os ovos, até o ponto de sua preferência, ou seja, gema mais mole, gema mais dura.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

segunda-feira, 25 de junho de 2012

escondidinho de brócolis

ingredientes:

1 kg de carne de frango moída - é prático usar a linguiça de frango sem a pele, que se transforma numa carne moída saborosa
1 brocolís ninja de bom tamanho, separado em flores, cozido
1 pão de forma de grãos - 320 g - que pode ser light
2 saches de caldo sem gordura sabor galinha, picanha ou costela dissolvidos em 2 copos - 1/2 litro - de água fervente
2 ovos inteiros
1 colher - sopa - de oregano
3 dentes de alho amassados
azeite de oliva
1 sache - 340 g - de molho pronto
2 cebolas grandes pícadas


preparando:

unte uma forma de buraco no meio com óleo.
cozinhe as flores do brocolis, sem deixar desmanchar. reserve.
frite o alho no azeite, e despeje sobre as flores do brocolis, mexa pra incorporar uns nos outros. reserve.
esfarele grosseiramente o pão, numa vasilha, e despeje sobre ele o caldo dissolvido na água. misture bem, junte a carne, junte os ovos, tempere com orégano, e misture até que tudo fique bem agregado.
arrume metade da massa de carne na forma untada com óleo, ajeite à volta toda as flores de brocolis uma junto da outra, sem deixar espaços, cubra com a outra metade da carne, ligue o forno alto - a 220 graus - e coloque a forma.
deixe assar até que doure e até que enfiando um faca ela saia sequinha.

enquanto isso, pique a cebola e leve pra fritar no azeite de oliva, até que comece dourar. acrescente o molho, e deixe refogar por uns 5 minutos - cuidado para não queimar.

retire a carne do forno, espere uns 15 ou 20 minutos, desenforme, cobra com o molho de tomate refogado na cebola e sirva com arroz.

dica do blogg pro arroz: faça o arroz na mesma panela em que temperou o brocolis. o restinho de brocolis, alho e azeite que sobrou na panela dará um sabor especial ao arroz.

abracadabra et, voilà!!!

sábado, 23 de junho de 2012

bolo de 1 ovo

a presença de guloseimas em festas tem origem, provavelmente, nas festanças dos deuses na grécia antiga.
o bolo de aniversário, por exemplo, contam por aí, apareceu graças à deusa da fertilidade, artemis. uma mistura de pão com mel, em formato de lua, era levada a ela pelos fiéis, em éfeso, uma antiga colônia grega, onde hoje é a turquia.
outra história diz que o bolo de aniversário teve origem na alemanha medieval. era costume preparar uma massa de pão doce no formato do menino jesus no natal. mais tarde, o costume foi adaptado para as festas de todas as crianças.

a receita deste bolo simples e fácil de preparar, com apenas um ovo, resulta numa delícia muito fofa, pode ser utilizada em bolos de aniversário, e se presta a ser considerada econômica ou salvadora da lavoura, dependendo do ponto de vista.
quem nunca sentiu vontade de fazer um bolo, abriu a geladeira, e não encontrou ovos???

como uma coisa puxa a outra, eu pergunto: existe doce delícia melhor do que o brigadeiro, uma invenção autenticamente brasileira???
o brigadeiro combina com tudo, a qualquer hora, e é conhecido fora do brasil, como a trufa brasileira.
chamado de negrinho – conhecido assim, até hoje, lá pelos pampas gauchescos – diz a lenda que foi inventado depois da segunda guerra mundial - 1939/1945.
por que brigadeiro??? faltava-lhe um nome, então, quem esteve lá, conta que ele foi batizado assim, durante a campanha eleitoral do brigadeiro eduardo gomes.
o slogan era ... vote no brigadeiro, que é bonito e é solteiro!!!

receita original do brigadeiro:
1 lata de leite condensado
1 colher de sopa de manteiga
4 colheres de sopa rasas de chocolate em pó
2 gemas - gemas, sim!!! o brigadeiro original era feito com ovos

conheça, aqui, a história e a etimologia do brigadeiro


ingredientes do bolo:
1 ovo
7 colheres - sopa - de açúcar
2 colheres - sopa - de manteiga - use manteiga, de preferência, porque o sabor fica especial
11 colheres - sopa - de farinha de trigo
1 copo de leite
5 colheres - sopa - de achocolatado - pode usar chocolate em pó, mas o achocolatado deixa mais fofinho
1 colher - café - de sal
1 colher - sopa - de fermento químico em pó

preparando:
untar com óleo ou manteiga, e enfarinhar com farinha de rosca, uma forma de buraco no meio.
aquecer o forno a 180 graus.
bater no liquidificador, todos os ingredientes, menos o fermento. depois de bem batido e misturado acrescentar o fermento, bater mais um pouco, e despejar na forma untada.
levar ao forno pré-aquecido, por aproximadamente 40 minutos, ou até dourar - já sabe: forno e marido/mulher cada um sabe do seu.


ao retirar do forno, espere um pouco, desenforme, e cubra com uma receita de brigadeiro mole e, se quiser, enfeite com confeitos coloridos ou de chocolate.

dica da dona do blogg: proceda normalmente conforme a receita de brigadeiro que você conhece, mas eu faço um brigadeiro, mole ou pra enrolar, com uma lata de leite condensado, e duas medidas da própria lata, de leite de vaca preparado com leite em pó. esta proporção faz com que o brigadeiro dure muito mais, sem perder a consistência original, não açucara nem endurece, e o leite em pó deixa mais macio.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

quarta-feira, 13 de junho de 2012

bolo salgado


obra de vincenzo campi/christ in the house of mary and martha


achei que seria uma boa idéia impor a mim o desafio de, de alguma maneira, perpetuar as receitas do blogg com histórias comestíveis, e venho destacado esta idéia desde o início. e por isso me pareceu interessante publicar, nesta edição, essa pepita da arte mundial, o quadro de vincenzo campi, cristo na casa de maria e martha.

os campi eram uma família de pintores italianos em cremona no século 16.
no norte da itália, onde tiveram o esplêndido exemplo dos venezianos, e alguns conhecimentos de arte flamenga e alemã, os contrastes de luz e sombra puderam expressar o verdadeiro sentimento da obra dos campi de cremona.

o chefe da família era galeazzo campi, um aluno de boccaccio boccaccinie, e o pai de giulio, antonio e vincenzo.

vincenzo campi, o ilustrador da receita de hoje, do blogg, foi treinado por seu irmão giulio e pintou, principalmente, santos, retratos, naturezas-mortas, e interiores de cozinhas com muita gente.

acho que, com ele, não dá para imaginar algo menos pop, laboral e estimulante. mas se o legado de vincenzo campi tem a ver com pré-comilança, a própria razão de escrever qualquer receita, tá super bem encaixada aqui.

vamos a ela que é simples, prática, facilinha, e dispensa o aparato culinário, geralmente retratado na obra de vincenzo campi.

ingredientes da massa:
1 copo de leite
1 copo de farinha de trigo
2/3 de xícara de óleo
3 ovos inteiros
1 colher - sopa - do meu tempero - a receita está aqui
320g de queijo gorgonzola esfarelado
2 colheres - sopa - de gergelim escuro
2 colheres - sopa - de salsinha picada
queijo parmesão ralado e/ou batata palha
1 colher de sopa de fermento químico em pó

ingredientes do recheio:
300g de mussarela ralada ou picada
200g de peito de peru defumado cortado bem miúdo
3 colheres - sopa - de molho de tomate pedaçudo
cheiro verde a gosto
2 ou 3 regadas de azeite de oliva extra virgem


preparando:
ligue o forno a 200º. unte uma forma ou assadeira - costumo usar a forma de buraco no meio, untada com óleo e farinha de rosca.
numa vasilha, misture todos os ingredientes do recheio. reserve.
bata todos os ingredientes da massa, menos o fermento, no liquidificador, até ficar uma mistura homogênea. acrescente o fermento e bata mais um pouco, até que ele se misture.
se quiser acrescente, sem bater, as 2 colheres de gergelim escuro e as 2 colheres de salsinha picada.
despeje metade da massa na forma untada, espalhe sobre ela o recheio reservado, cubra com o restante da massa, e salpique com queijo parmesão ralado, e/ou batata palha.

leve ao forno pré aquecido, e deixe por lá até ficar dourado - poderia ser 40 minutos.
quem me conhece sabe o que eu diria agora: forno e marido, cada um sabe do seu. hoje em dia, mais forno que marido.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

domingo, 10 de junho de 2012

gelatina arco-íris

esta sobremesa é um pouco trabalhosa, requer atenção e cuidado, mas o resultado é muito lindo e saboroso.

ingredientes:
1 caixa de gelatina de uva
1 caixa de gelatina de abacaxi
1 caixa de gelatina de limão
1 caixa de gelatina de tutti-fruti
1 caixa de gelatina de morango
250 ml de leite de coco
250 ml de leite condensado
água

preparando:
unte uma forma com óleo.
prepare a gelatina de uva com menos água do que o indicado na caixa - 100ml de água quente, 200 ml de água fria. divida em duas partes. reserve uma parte.
a primeira parte coloque na forma e leve para gelar - leve ao congelador, e vigie, a gelatina não deve endurecer totalmente, pois, pode desmontar/separar as cores depois de pronta, quando desenformar. enquanto ela endurece, misture a parte que estava reservada com leite de coco e leite condensado, em partes iguais - mais ou menos 50ml de cada.
retire a gelatina que estava no congelador e, com muito cuidado, delicadamente, com a ajuda de uma colher, espalhe a camada de gelatina misturada ao leite de coco e ao leite condensado, sobre a gelatina que você retirou da geladeira. leve para endurecer novamente, seguindo o mesmo processo. faça o mesmo com os outros sabores de gelatina.

como deverá ser montada a gelatina arco-íris???

1ª gelatina de uva
2ª gelatina de uva com leite de coco e leite condensado
3ª gelatina de limão
4ª gelatina de limão com leite de coco e leite condensado
5ª gelatina de abacaxi
6ª gelatina de abacaxi com leite condensado
7ª gelatina de tutti-fruti
8ª gelatina de tutti-fruti com leite condensado
9ª gelatina de morango
10ª gelatina de morango com leite condensado

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

terça-feira, 22 de maio de 2012

torta de liquidificador, de presunto, muçarela e creme de milho

alimentar é a mais primitiva e eficiente demonstração de amor.
alimentar é um ato convivente e uma boa torta se presta a isso, conviver, convidar, convivas, bom sabor, boa convivência.
venho com mais esta invenção culinária, pra tornar ocupadas as bocas, fechando com o prazer e com a plenitude do sabor. na minha dimensão, a cozinha é outro país, e me permite viagens ótimas, em meio a geografias de intermináveis planícies, históricas e ricas em simbolismos, uma alegria dopada, uma alegria a cores, cheiros e sabores.

a minha grande contribuição será, pra sempre, juntar ingredientes e festejar, à minha moda, silenciosamente - será que eu consigo??? - criando, cozinhando, alimentando.


"o prazer de comer é, desde há muitos séculos, na nossa cultura, um prazer convivial: um prazer que se gosta de usufruir em comum. pode-se comer só e beber só quando se é a isso constrangido para satisfação da necessidade de matar a fome e matar a sede, mas a procura da voluptuosidade do paladar em solitário é um vício que a moral condena. as sociedades utilizam os prazeres da vida para estabelecer ou fortalecer os laços sociais e na maior parte das sociedades a refeição partilhada é um instrumento de sociabilidade. a refeição deverá ser uma celebração, uma festa onde o prazer se divide entre as pessoas. prazer de matar a fome, alegria por tomar contacto com um prato e honrar uma receita necessariamente sacralizada, e de ver os outros comungar com a mesma exaltação.
foi com exaltação e muito prazer que reparti mesa e mantel com todos os meus convidados presentes nesta recolha.
amizades, afinidades e simpatias proporcionaram-me refeições de memória e é dessa memória que aqui dou conta.” nos disse,
alfredo saramago.

o que sabemos sobre a torta?
o bolo é uma preparação de alimento assado em forma redonda, cujo nome originalmente é descrito como um pão círcular - torta em latim.
a torta é feita com uma crosta de massa enfeitada recheada com uma mistura de carne bovina, de aves, de peixe ou legumes temperada com ervas e ingredientes complementares ou doce, com frutas e creme.
a cobertura é uma redução da mesma massa formando uma capa. mas há aquelas sem tampa, as tortas com bordas elevadas.
tortas se prestam a adaptações, e variadas maneiras de fazer. são versáteis, completas, ricas.
na cozinha medieval -
leia [...] - e do renascimento foi uma receita das mais comuns. redondas, decorativas e grandes, recheadas com carne de ovelha, de bovino, de porco ou com especiarias e uvas passas, recortadas nas bordas e enfeitadas com bandeiras e brasões dos convidados.

o que se diz é que torta é feita em forma redonda e que em forma retangular não é torta. mas, a sabedoria popular mudou esse conceito. torta é todo alimento feito de massa, que ganha recheio, e que vai ao forno para assar/cozinhar.
a receita a seguir é uma variação com massa líquida, prática, feita no liquidificador. 



nota do blogg: sem o recheio, e assado em forma de buraco no meio, esta receita se presta a virar um versátil e delicioso bolo salgado. apresente um café fresquinho, e as fatias quentinhas vão querer uma porção de manteiga, requeijão, margarina, ...

medidas:
colher = sopa
xícara = chá

convidados sempre esbanjam energia. estão alegres pelo convite, pela companhia, pela quebra de rotina ... mas tenho um defeito, com ou sem convidados, não sei cozinhar pra pouca boca. as minhas receitas são enormes e, como sempre, pensei numa receita grande que, portanto, precisa de espaço. aconselho o uso de uma assadeira de vidro conhecida como lazanheira
descrita aqui.

aqueça o forno a 180 graus. unte a assadeira com óleo. reserve.

primeiro recheio:

1 colher de margarina ou manteiga
1 colher do meu tempero -
a receita está aqui
1 lata de milho verde batido com a água
250 ml de leite
um pacotinho de creme de milho verde - a sopa de pacotinho
1 caixinha de creme de leite

segundo recheio:

800 g de presunto e muçarela - 400 g de cada, ambos ralados ou cortados miudamente
azeite
2 colheres do meu tempero -
a receita está aqui
200 gramas de molho de tomate, pronto
1 colher rasa de oregano
azeitonas verdes, sem caroço, cortadas em rodelas

a massa:

18 colheres de farinha de trigo - uso uma mistura de farinha de trigo integral, 
farinha de trigo refinada e farinha de aveia 
1 tablete de caldo de galinha ou outro de sua preferência
5 ovos
3/4 de xícara de óleo
3 xícaras de leite
4 colheres de queijo parmesão ralado ou 150 g de queijo gorgonzola
2 colheres do meu tempero -
a receita está aqui - ou 1 cebola pequena e 3 dentes de alho
1 e 1/2 colheres de fermento químico

confecção e montagem:

prepare o primeiro recheio: bata no liquidificador o milho, o creme de milho e o leite. não lave o copo do liquidificador. reserve.
aqueça o azeite e a margarina - em dupla, evita que a manteiga ou a margarina queimem - acrescente o meu tempero, deixe fritar sem escurecer, abaixe o fogo, e acrescente o creme contido no liquidificador, deixe engrossar, acrescente o creme de leite. reserve.

o segundo recheio: numa panela, esquente o azeite e refogue o
meu tempero, acrescente o orégano, misture, acrescente as azeitonas, misture, acrescente o molho, misture e refogue por mais 3 minutos. reserve deixando esfriar.
noutra vasilha misture presunto ralado, muçarela ralada e o molho refogado, reservado, já esfriado.
os ingredientes da massa devem ser batidos no mesmo liquidificador, não lavado, no qual foi batido o milho - truquezinho culinário benfazejo. alterne os ingredientes, começando pelos líquidos. mas, ao colocar o fermento, agregue-o à massa misturando com uma batida rápida - uns 30 segundos.

feito isto resta acamar, massa e recheios, na ordem:

leve para assar no forno pré-aquecido. o tempo, depende de cada forno. forno é feito marido, cada uma sabe do seu. pra não errar, a partir dos 40 minutos, espete a faca. quando sair limpinha, a torta está assada.

não se acanhe e ponha na conta dos convivas, a coca-cola - zero ou original - ou a cerveja. bebericos essenciais pra o momento.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

salada de lentilha e arroz

a lentilha é asiática, tem 8000 anos, é rica em proteínas e isenta de gordura.

este alimento pré-histórico era ingerido junto com a cevada e o trigo, numa combinação agradável. a cozinha tradicional indiana usa a lentilha no preparo do dal, um prato feito à base de lentilhas picantes. sua planta de origem pertence à famíla lens ensculenta. são vagens que contêm duas sementes, no máximo. variam de tamanho, coloração e formato: grandes, pequenas, alaranjadas, pretas, verdes, vermelhas, em formato ovalado, arredondado ou de coração.

a lentilha era muito usada pelos hebreus e povos dos arredores, pra preparar pratos do dia-a-dia feitos com sobras de refeições mais requintadas. a lentilha engrossa caldos, ensopados e sopas.

enfim, os povos contam muito da sua história, através da forma como preparam os alimentos. a gastronomia culinária dos judeus narra a trajetória de uma povo errante que se mantém unido por ricas tradições.
as lentilhas tiveram um papel decisivo na história do povo judeu. esaú vendeu seu direito de primogenitura para o irmão jacob por um prato de lentilhas ... leia a história.

ingredientes:

2 xícaras de arroz - o arroz parboilizado é mais nutritivo, mais fácil de preparar, e fica bem soltinho - cozinhe ao seu modo
1 xícara de lentilha - cozinhe, deixando secar a água
1 cebola grande, ralada
1 pacotinho daquele tempero pra legumes, de saquinho, que enche a comida de amor ... sabe qual???
1 colher - sopa - de maionese light
1 xícara de salsinha e cebolinha picadas
3 ovos cozidos picados
vinagre a gosto
azeite de oliva virgem

preparando:

cozinhe a lentilha.
ainda quente, coloque numa tigela grande, junte a cebola ralada, o saquinho daquele tempero amoroso, a colher de maionese, regue com azeite de oliva virgem, vinagre a seu gosto, acrescente a salsinha e cebolinha picadas, misture tudo. reserve.
cozinhe o arroz, deixe descansar por 10 minutos, e misture à lentilha. reserve.
cozinhe os ovos, pique e junte à mistura da tigela. misture delicadamente.

sirva imediatamente ou espere esfriar.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

domingo, 11 de março de 2012

pudim de pão - salgado -

dei um jeito novo no topo do assadeira, uma das melhores dádivas, entre as maiores, que eu me dou ao prazer de manter neste novíssimo e deslumbrante mundo, este mundo que se dá no infinito eletrônico da internet ... só pra iluminar a visão dos gulosos visitantes do blogg, que é o que importa.

o prazer de alimentar e de comer é o mais importante da vida, e chega antes da alimentação de sobrevivência. a gastronomia nasceu deste prazer e transformou-se em arte, a arte de cozinhar.

alimentar, gosto de dizer, é a mais primitiva e eficiente demonstração de amor.

eça de queirós incluiu em sua obra, em sua arte, a de escrever, inúmeras sensibilidades gastronômicas e descrições avassaladoras sobre comidas ou refeições. ele não se priva de mencionar a gastronomia como parte da sua fabulação. suas personagens roubam lascas de bacalhau ao sabor de um fio mole de azeite português, ou se lambusam com as doces delícias cor de ovos, e muito açúcar.
em qualquer ponto de sua obra, em nenhum momento ele nos deixa na mão, seja citando a alimentação em português ou em língua estrangeira, seja aludindo à alimentação comum, geral, do almoço, da ceia, do jantar, do banquete, do ágape, ... seja através de alusões a animais como alimento, alusões à natureza vegetal como ingrediente, alusões a comidas exóticas, tudo inserido no contexto ficcional, histórico, geográfico ... cabras da getúlia, moreias do lago lustrino, azeite de venafro, ... inserções simpáticas e saborosas feitas na própria narração auxiliando ao escritor na montagem da linha inconfundível de uma fabulação repleta de beleza estética, fantasia, ironia, sátira, ...

diante de tudo isso, humildemente ofereço uma receita boa, gostosa, prática que vai agradar aos que buscam a facilidade na cozinha.

ingredientes:
1 pão de forma, aparado
1/2 litro de leite fervendo
4 ovos
1 colher - sopa - rasa de fermento químico em pó
1 lata de ervilha
1 lata de palmito - pode substituir por 1 lata de milho verde sem a água
1 lata de atum
azeite de oliva
3 tomates grandes sem pele, picados, ou um sache de molho pronto
1 sache de caldo de legumes - se necessário, para acertar o sal
2 colheres do meu tempero - receita aqui
azeitonas

preparando:
pré-aqueça o forno a 180 graus.
unte uma forma de buraco no meio com óleo e farinha de rosca.
faça um refogado com azeite, meu tempero - aqui, os tomates/molho pronto, a ervilha, palmito/milho, atum, azeitonas.
despeje o leite fervendo sobre o pão de forma, e misture até desmanchar o pão. quando amornar
acrescente os ovos inteiros e o fermento. misture.
junte a mistura de pão ao refogado, misture bem para agregar todo mundo, coloque na forma untada, e leve ao forno pra assar, até que a faca/palito saia limpinho.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

sábado, 10 de março de 2012

espaguete com molho branco e abóbora/moranga

ingredientes:
1/2 abóbora/moranga - 1,150kg, aproximadamente
400g de creme de leite - 2 caixinhas
1 pote de iogurte natural desnatado
2 copos de leite
2 colheres - sopa - de amido de milho
1 pacote de espaguete - 500g
5 dentes de alho, grandes, amassados - opcional
2 saches de caldo de legumes
sal a gosto
azeite de oliva
salsinha picada
queijo parmesão ralado e/ou gorgonzola esfarelado

preparando:
enquanto prepara o molho, cozinhe o macarrão.
limpe, descasque, corte a abóbora/moranga em cubos.
leve pra panela, coloque água sem cobrir todos os pedaços, acrescente os saches de caldo, azeite a seu gosto, e deixe cozinhar e reduzir a água.
quando estiver cozida e a água tiver quase secado, acrescente mais azeite e o alho, e refogue.
à parte misture o leite ao amido de milho, e despeje sobre a abóbora. deixe engrossar. acrescente o creme de leite, e misture bem. apague o fogo e coloque o iogurte. misture, e tempere o macarrão.
salpique com salsinha, queijo parmesão ralado/gorgonzola esfarelado.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

risoto de aspargos frescos

hoje o blogg está se dedicando a espalhar a boa palavra sobre as virtudes de aspargos frescos, uma flor dentre os alimentos mais perfeitos da natureza.

as lanças carnudas de espargos verdes são suculentas e ele tem sido considerado uma iguaria desde os tempos antigos.

este vegetal altamente valorizado chega com a primavera, quando os seus rebentos rompem o solo e atingem o seu comprimento de 6-8 polegadas, tamanho suficiente pra colheita.

membro da família lily - liliaceae - a mesma que relaciona lírios, cebola, alho e aloe vera, tendo seu cultivo bem feito, há de produzir nutrientes ideais e fundamentais ao nosso organismo.
lider no fornecimento de ácido fólico - necessário para a formação de células sanguíneas - ele é uma boa fonte de fibras, potássio, vitamina b6, vitaminas a e c, e tiamina.
o aspargos não têm gordura, não contêm colesterol e têm baixo teor de sódio.

conheça, aqui, suas qualidades

importante: não desperdice a água do cozimento dos aspargos. ela pode ser usada no arroz, sopa, etc. se não utilizar, guarde na geladeira, e aproveite em outro dia.

habitue-se ao consumo de aspargos frescos!!!

ingredientes:
1 quilo de aspargos frescos
3 colheres e 1/2 - sopa - de manteiga ou margarina
3 colheres do meu tempero - receita, aqui
1 xícara de arroz arbóreo
1/2 xícara de vinho branco seco
3 1/2 xícaras de caldo de galinha ou caldo de legumes - substituia parte da água do caldo, por parte da água da cozedura dos espargos
1/2 xícara queijo parmesão ralado
sal, se necessário
pimenta do reino a gosto
um fio de azeite de oliva
preparando:
leve, ao fogo, uma panela com água, e deixe ferver.
limpe os aspargos retirando, se necessário, as extremidades duras, aquelas que são opostas às extremidades das florzinhas. cortando uma pontinha com a faca, é possível sentir se está tenra ou não.
corte em pedaços de 4cm, aproximadamente.
escalde os pedaços de aspargos na água fervendo por, aproximadamente, 2 minutos.
ao completar este tempo, retire os aspargos da água com a ajuda de uma espumadeira, vá colocando no lavador de arroz ou escorredor de macarrão, e escalde com água gelada, para que eles mantenham uma cor viva. reserve os aspargos e a água do cozimento.
em uma panela, derreta 3 colheres - sopa - de manteiga com um fio de azeite de oliva, e refogue o meu tempero, sem dourar.
coloque o arroz no refogado, e deixe incorporar tudo muito bem, mexendo por 2 ou 3 minutos e adicione o vinho, sempre mexendo.
quando o vinho tiver sido quase totalmente absorvido pelo arroz vá, aos poucos, adicionando o caldo de frango ou legumes, sempre mexendo, adicinando, mexendo, para evitar que o arroz grude na panela. este processo deve durar uns 15 ou 20 minutos, até que o arroz esteja cozido ao dente.
caso o caldo não seja suficiente, utilize o resto da água do cozimento dos aspargos.
acerte o sal. adicione a pimenta do reino, se quiser.
junte a 1/2 colher de manteiga ou margarina que sobrou, e o queijo ralado.
misture tudo, muito bem, e sirva com salada, com peixe, ... com o acompanhamento que preferir.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

um conto, uma receita - sobrecoxas de peru ou frango, ao forno

Uma Galinha - Clarice Lispector -

Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.

Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.

Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.

Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.

Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se pode­ria contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.

Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos. Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, pare­cia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou, respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração, tão pequeno num prato, solevava e abaixava as penas, enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos:

— Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso bem!

Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer. Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:

— Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!

— Eu também! jurou a menina com ardor. A mãe, cansada, deu de ombros.

Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: "E dizer que a obriguei a correr naquele estado!" A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.

Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.

Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.

Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.
ingredientes:
6 belas sobrecoxas - ou coxas - de peru ou de frango, com a pele
1 lata pequena de massa de tomate
1 sachê de caldo de galinha ou legumes
alguns legumes cortado e cozidos em água e sal - couve de bruxelas, alho porro, cebolas, brocolis, cenouras, batatas, e outros de sua preferênia
50 ml de água morna
1 copo de vinho tinto seco
1/2 colher - sopa - de suco de limão
1/2 colher - sopa - de curry em pó
1 colher - chá - de açafrão em pó
2 colheres - sopa - de um combinado entre alecrim, manjericão e orégano
sal se necessário
pimenta a gosto
cebolinha e salsinha picadas

preparando:
pré-aqueça o forno em temperatura média. o meu é a 180°c. cada uma sabe como se comporta o seu forno.
mantenha uma chaleira ou leiteira com água fervente para acrescentar ao molho da assadeira, enquanto a carne estiver no forno.
em uma panela antiaderente, frite em fogo alto as sobrecoxas/coxas de peru/frango com a pele, virando de todos os lados, para deixar sair a gordura. deixe que fiquem douradas. adicione o sal e a pimenta, com cuidado, sem exagero.
para o molho, coloque o sache de caldo em uma tigela, adicione a lata de massa de tomate, o vinho, e diluia tudo com a água morna.
adicione o suco de limão, o combinado de manjericão e orégano, a pimenta e acerte o sal.
o molho deve ser espesso mas não consistente, se necessário adicione mais água.
coloque as sobrecoxas/coxas de frango/peru em uma assadeira, ajeite os legumes cozidos, polvilhe com curry e açafrão, e despeje o molho de tomate sobre todo mundo.
deixe no forno por 1 hora e meia. se achar que está assando muito rápido, baixe um pouco a temperatura.
vá regando a carne com o molho da assadeirae, se necessário, vá acrescentando, aos pouco, água fervente.
para servir salpique com a salsinha e cebolinhas picadas.
polenta mole ou arroz branco são ótimos acompanhamentos.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

frango com maçã verde

ingredientes:
2 colheres - sopa - de sálvia picada
2 colheres - sopa - de margarina
1 ou 2 saches de caldo de frango em pó
pimenta-do-reino a gosto
2 colheres cheias - sopa - do meu tempero - receita, aqui
1 frango de 2kg, inteiro
5 maçãs verdes com casca, cortadas em cubos grandes

preparando:
ligue o forno em temperatura média.
lave o frango e enxugue.
misture a margarina, a salvia, o meu tempero, o caldo e a pimenta.
esfregue a mistura no frango, por dentro e por fora.
lave as maçãs, retire as sementes, deixe a casca, e corte a maçã em cubos grandes.
recheie o frango com os pedaços das maçãs.
amarre o frango pelas coxas, vedando o buraco por onde foram colocadas as maçãs. leve para assar no forno médio, preaquecido, por 1 hora e meia até ficar dourado.
enquanto isso, regue com o caldo que for surgindo na assadeira.

pronto!!!

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

sábado, 14 de janeiro de 2012

fricassée feito de linguiça de frango

o fricassée - entre nós escrito fricassê - popularizou e adquiriu vida própria através da imaginação inerente a quem se dedica à culinária.

conforme nos ensina deonísio da silva - professor e escritor, formado em letras pela usp e membro da academia brasileira de filologia - fricassê vem do francês fricassée, do verbo fricasser, guisar, talvez formado a partir de frire, fritar, tendo também o sentido de comer, como na expressão il n'y rien à frire - não há nada para comer - seguido de casser - partir, quebrar. Outros viram a origem remota no latim frigicare - fritar - mas a presença do provençal fricar - fritar - que teria servido de transição, não pôde ser comprovada. fricassê é um guisado de vitela ou frango, cortados em pedaços e cozidos em molho bem temperado e abundante. de início escrito em francês, fricassée, está em nossa culinária desde o século 18.

em outra fonte encontrei: fricassée - guisado cujo molho, ligado com gemas de ovos, é fortemente temperado com limão e salsa.

na cozinha tunisiana o fricassée é um sanduiche com atum, harissa - molho de pimenta - ovo, azeitonas e azeite de oliva. não tem qualquer semelhança com o clássico fricassée francês, o guisado de caçarola com o mesmo nome. o sanduiche é um produto do passado colonial da tunísia, que os vendedores de rua, para compensar a falta de fornos fazem fritos. eles se tornaram uma instituição, um alimento que se come de manhã, de tarde e de noite. o fricassé tunisiano é uma bomba recheada de pedaços de atum, batata, harissa diluída em água, uma fatia de ovo mal cozido e, por vezes, algumas azeitonas.

no dicionário priberam da língua portuguesa encontrei assim:
fricassé
s. m.
1. Guisado de carne picada ou de aves, partidas e coradas ou meio fritas em manteiga, com gemas de ovos.
2. Designação de outros preparados culinários.
3. [Figurado] Mistura.

de portugal conheço o fricassée de frango ou de pato, sempre finalizado com gemas e suco de limão.

o que nos consola é que o nosso vocabulário simples disfarça a verdadeira origem das palavras. os termos provenientes do francês, utilizados como se fossem nossos, são mais comuns do que pensamos.
nosso vocabulário é repleto de palavras de origem francesa modificadas pelo tempo, e que hoje são, naturalmente, parte integrante da nossa língua.
os franceses chegaram ao brasil no século XIX mostrando um idioma diferente, e uma cultura rica em tradições. era a cultura e elegância invadindo nossa vida. apesar do inglês constar como a forte influência em nosso vocabulário, o francês é especialmente usado como referência na moda e na culinária do brasil.

portanto, o fricassée - ou fricassê, ou fricassé - da receita de hoje, pouco ou nada tem a ver com o original e, se é uma invenção brasileira ... danou-se!!! este caiu na cozinha certa, pois, sairá dela com mais alguma adaptação.

ingredientes:
1 lata de creme de leite
1 lata de milho verde com a água
1 copo de requeijão cremoso
1 pacote de creme de cebola, ou de creme de milho verde, ou de creme de galinha, ou sopa de aveia com galinha
1 ovo inteiro
1 e 1/2 xícaras - chá - de vinho branco seco
ou
1 e 1/2 xícaras - chá - de leite
2 colheres - sopa - do meu tempero - receita, aqui
100g de azeitona sem caroço - opcional
760g de linguiça de frango sem a pele, esfarelada
2 ou 3 cenouras médias raladas
salsinha picada
200g de mussarela ralada ou fatiada e cortada em quadradinhos
200g de queijo parmesão ralado
100g de batata palha
2 colheres - sopa - de azeite de oliva

preparando:
bata no liquidificador o milho, o requeijão, o creme de leite, o ovo e o leite. reserve.
leve ao fogo numa panela, a linguiça de frango sem a pele, esfarelada e coberta com um pouco de água. com a ajuda de um garfo separe a carne, deixe ferver a água e, sempre com a ajuda do garfo, mantenha a carne bem separada.
quando a água secar acrescente o meu tempero e o azeite. deixe fritar. acrescente a cenoura ralada e refogue um pouco mais. incorpore a carne e a cenoura, sem deixar que a cenoura fique muito mole. neste ponto acrescente o pacote de creme - sopa - da sua escolha. mexa bem, incorporando todo mundo e junte a mistura batida no liquidificador e as azeitonas. mexa bem até que fique tudo bem agregado.
se necessário, acerte o sal.

lembre-se!!! a linguiça, as azeitonas e a sopa creme já são salgadas.

deixe o creme no fogo até engrossar, mexendo sempre. desligue o fogo e acrescente a salsinha picada.
em seguida coloque a mistura do refogado num refratário, cubra com a muçarela, com o queijo parmesão, e espalhe a batata palha sobre tudo.
leve ao forno e deixe até perceber que está fervendo.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

churrasco de apartamento, pão de alho e molho de cenoura pra salada

o sonho dos invejosos moradores de apartamento é fazer churrasco.
as churrasqueiras vendidas por aí, aquelas que os vendedores insistem em chamar de apropriadas, são caras, muitas nem sempre cumprem o prometido, não nos privam do fumacê que insiste em fazer parte da festa, ou do trem de cozinha que fica lá, nos aguardando sobre a pia.
foi então que, escritório e apartamento, irmanados em união sem precedentes, nos trazem uma alternativa barata, sem possibilidade de erro ou decepção, livre da inconveniente fumaça e, quem sabe, pouquíssima louça pra lavar, caso você opte por uma assadeira descartável.
a coisa toda se passa dentro do envelope de papel pardo, aquele usado para envelopar documentos escritos em folha de papel ofício. sabe qual???

a costela
ingredientes:

2 quilos de costela bovina - escolha um pedaço robusto, mas com pouca gordura
1 envelope grande - daqueles que se usa em escritório
azeite de oliva próprio para culinária, ou seja, não precisa ser o extra virgem
grampeador, também usado em escritório
sal
1 assadeira grande, que pode ser do tipo descartável

preparando:
ligue o forno em temperatura quente.
corte a carne em 2 pedaços e tempere com sal.
coloque o envelope sobre a assadeira e passe azeite de oliva em suas duas faces - nas duas faces externas, apenas. com a ajuda da mão espalhe de um lado, vire o envelope e espalhe do outro lado. o envelope deve ficar encharcado de azeite. o azeite prenetará no interior do envelope.
arrume os pedaços de costela dentro do envelope. feche a aba do envelope e grampeie, como se estivesse preparando uma encomenda.
coloque o envelope em uma forma e leve ao forno preaquecido por 1 hora.
desembale a costela cortando, com cuidado para não se queimar com o vapor, o envelope que a envolve.

sirva com farofa, salada, e pão de alho.

pão com alho
ingredientes e preparo:

misture 1 xícara de maionese, 8 dentes de alho espremidos, suco de 1/2 limão, 100g de queijo parmesão ralado e 1 xícara de salsinha e cebolinha picadas. passe a mistura num filão de pão italiano cortado ao meio no sentido do comprimento, ou sobre fatias de um pão italiano redondo. leve ao forno para dourar, rapidamente. cuidando para não deixar o pão torrado e duro.

molho de cenoura para temperar a salada
ingredientes e preparo:

3 cenouras medias cruas
1 cebola média
1 ou 2 dentes de alho
1 vidro pequeno de maionese
1 caixinha de creme de leite - 200g
1/4 de xícara - chá - de vinagre
1/2 xícara - chá - de suco de limão
1 xícara - chá - de azeite de oliva extra virgem
sal ou caldo de legumes em pó e orégano a gosto

bata tudo no liquidificador, em velocidade média, deixando mais liso ou mais granulado, conforme a sua preferência.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

bolo de bacalhau

tomate, a fruta.
pertencente à vasta família das solanáceas/solanaceae que tem, entre seus 2000 membros, certos arbustos de índole duvidosa, cozinheiros da europa, por precaução, mantiveram-no no anonimato por muito tempo.
assim como a beladona e a datura, plantas extremamente venenosas, a batata, o tabaco, a jurubeba, a berinjela, são alguns vegetais da mesma família botânica do tomate.
as solanáceas crescem abundantemente nas regiões quentes, e o tomate, antes de se revelar uma frutinha em quem se pode confiar, era cultivado como planta ornamental.
mal acostumados, os europeus não sabiam como preparar o tomate. sua acidez não combinava com o conceito que eles faziam da fruta ideal.
foi então que antonio latini, um italiano que servia à corte espanhola, e era natural da região italiana de le marche, localizada na panturrilha da bota, criou uma mistura de cebola, óleo de oliva e tomates e assim se fez o molho de tomates.
aí sim!!! o tomate mostrou a que veio.
simples assim!!! em seu livro, lo scalco alla moderna, escrito, provavelmente, entre 1692 e 1694, foi publicada a receita que ensinava levar ao fogo pedaços de tomate, sem pele e sem sementes, temperá-lo com salsinha, cebola e alho picado, sal, pimenta, azeite e vinagre, para se conseguir um molho de tomates de estilo espanhol.

na receita a seguir, o molho de tomates faz a moldura pro bolo de bacalhau.
o bolo ficou uma delícia, leve e saboroso.
ofereço a vocês com todo prazer.

ingredientes para o bolo:
680 gramas de bacalhau - facilita bastante, usar as lascas de bacalhau que se encontra pra comprar no supermercado
3 batatas grandes - 950g - cruas, descascadas e raladas no ralo grosso
4 ovos
2 colheres - sopa - de azeite de oliva
3 colheres - sopa - cheias, bem gorduchas, de farinha de trigo integral

ingredientes para o molho:
2 cebolas grandes picadas
azeite de oliva
340g de molho de tomate - seja feito por você ou comprado pronto

atenção!!! tanto o bolo quanto o molho precisam de cuidado em relação ao sal. se achar necessário, apenas acerte o sal a seu gosto.

preparando:
unte uma assadeira ou uma forma de buraco no meio, com óleo e farinha de rosca.
acenda o forno na temperatura média/baixa - o meu é a 180 graus.
lave o bacalhau - usando as lascas, basta lavar - e coloque numa vasilha para dessalgar. deixe de molho durante a noite, troque a água enquanto puder. costumo deixar com um fio de água correndo sobre ele. enfim, retire o sal como o seu costume. o importante é que ele esteja em lascas na hora de preparar.

quando o bacalhau estiver preparado, ou seja, dessalgado e em lascas, descasque e rale as batatas no ralo grosso, e coloque junto com o bacalhau.
acrescente o azeite, os ovos e a farinha.
misture, agregue tudo, muito bem.
ajeite na forma untada.
leve ao forno onde deverá ficar por 1 hora, mais ou menos - depende de cada forno - controle espetando uma faca. deixe dourar.

enquanto isso, prepare o molho:
frite a cebola no azeite, até que ela comece a dourar.
acrescente o molho e deixe apurar.
assim que o bolo estiver pronto, deixe esfriar, desenforme com cuidado, e regue com o molho.
sirva com arroz branco e salada.

esta receita, assim como muitas publicadas aqui no assadeira, foi criada por mim. peço a todos que fizerem uso dela, publicando na web/internet ou executando, que deem o crédito que ela e eu merecemos.

é isso.

... que venha 2012!!!

sábado, 10 de dezembro de 2011

maionese de iogurte com salada de batatas, peixe e cenouras

ingredientes:
1 tilápia saint-peter inteira - este peixe é pequeno. se tiver 250 ou 280g está de bom tamanho. compre limpa.
ou
2 ou 3 filés de tilápia saint-peter
enfim, se preferir outro peixe, fique à vontade. a saint-peter é ótima, pois, contém pouca gordura, e seu consumo é sustentável, já que é criada em cativeiro
12 batatas médias
3 cenouras médias, cortadas e cubos
3 potes de iogurte natural desnatado
saches de caldo de legumes 0% de caloria
mostarda
1 maço de cebolinha verde picada
1 cebola grande cortada em cubos
azeite de oliva extra virgem à vontade
preparando:
cozinhe a tilápia saint-peter em água temperada com 1 sache de caldo de legumes, em quantidade suficiente para cobrir o peixe. depois de cozida, retire do caldo que foi produzido. se a tilápia saint-peter for inteira, retire as espinhas e a pele. reserve.
se for em filés, cozinhe em água temperada com 1 sache de caldo de legumes, em quantidade suficiente para cobrí-los. depois de cozidos, retire do caldo. reserve.
cozinhe as cenouras no caldo do peixe. deixe reduzir o caldo à metade, não retire as cenouras do caldo.
em seguida, em outra vasilha, misture o peixe cozido, as cenouras, o caldo do peixe onde foram cozidas, e a cebola cortada em cubos. reserve.
cozinhe as batatas, deixe perder um pouco do calor, descasque, e vá colocando numa vasilha grande, dê uma amassada pra formar um purê pedaçudo, misture com a cebolinha verde picada, regue com um pouco de azeite de oliva extra virgem. reserve.
em outra vasilha menor, misture o iogurte, a mostarda a gosto, caldo de legumes a gosto e azeite pra formar um molho liso.
agora, junte a mistura de batatas, a mistura de cenoura e peixe, e o iogurte temperado.
regue com azeite, acerte o sal utilizando o caldo de legumes, e ... bom apetite!!!

importante misturar a cebolinha verde picada e a cebola também picada, aos ingredientes ainda quentes. os sabores agregam melhor.

quem é a tilápia saint-peter???
tilápia saint-peter, conheça um pouco mais

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

sábado, 19 de novembro de 2011

bolo de coco e abacaxi

um bolo sublime, prazeroso, simples de fazer, saboroso e que derrete na boca.

ingredientes:
um abacaxi, cortado em rodelas, retirado o miolo, e cozido - vão ser utilizados, aproximadamente, 350g da fruta cozida. deixe reduzir a água do cozimento para, mais ou menos, a metade e reserve
ou
1 vidro de abacaxi em calda - utilize aproximadamente 350g da fruta e reserve a calda
225g de manteiga ou margarina
200g de açúcar
1 colher - sopa - de açúcar vanillé
ou
1 colher - café - de essência de baunilha

atenção!!! - a equivalência é exatamente como está indicada na receita, ou seja, pra cada colher de sopa de açúcar vanille, 1 colher de café da essência líquida de baunilha.

5 ovos
250g de farinha de trigo integral - utilize metade da integral e metade da refinada, para aproveitar os nutrientes
2 colheres - café - de fermento químico em pó
50g de amêndoas em pó - processe, você mesmo, as amêndoas sem casca, ou substitua por nozes ou castanhas de cajú, também processadas
50g de coco ralado desidratado
manteiga e farinha de rosca para untar a forma
100g de coco ralado queimado e adoçado para salpicar

preparando:
unte uma assadeira redonda, ou uma forma de buraco no meio - mais ou menos 26 cm de diâmetro - com margarina/manteiga e farinha de rosca.
pré-aqueça o forno em temperatura média - o meu é a 180°c.
escorra o abacaxi em calda ou cozido por você, e reserve a calda.
numa panela pequena caramelize 25g de manteiga/margarina com 25g de açúcar em fogo moderado. acrescente 2 colheres - sopa - da calda do abacaxi. reserve o caramelo.
espalhar o caramelo sobre o fundo e cobrir com algumas rodelas de abacaxi.
corte o abacaxi restante em cubos.
na batedeira, bater o restante de margarina/manteiga - 200g - com o resto de açúcar - 175g - junto com a baunilha, incorporam os ovos um a um.
misturar a farinha com o fermento químico, juntar as amêndoas/nozes/castanhas processadas e o coco ralado incorporando, uma a uma, 2 colheres - sopa - da calda de abacaxi.
parar de bater e colocar/misturar os cubos de abacaxi.
coloque a massa na forma untada, leve ao forno pré-aquecido a 180°c por, aproximadamente, 60 minutos.
retire do forno e salpique com o coco ralado queimado e adoçado, ou espere esfriar - aproximadamente 10 minutos - desenforme, e salpique o coco ralado queimado.

utilizei o coco ralado desidratado ducoco, e coco queimado e adoçado ducoco.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

torta de sardinha

preparando os ingredientes:
250 gramas de pão - francês amanhecido ou de forma, integral, de grãos, qualquer um de sua preferência
1 litro de caldo de legumes 0% de caloria
2 cebolas grandes picadas
umedeça o pão no caldo. reserve.
frite a cebola e acrescente 3 colheres - sopa - de massa de tomate.
bata 2 ovos, inteiros, como se fosse pra fazer omelete. reverve.
numa vasilha, esfarele 3 latas de sardinha em seu óleo, misture 1 lata de ervilhas e 1 copo de azeitonas verdes picadas. misture bem, sem deixar que as ervilhas desmanchem. junte a mistura ao refogado de cebola e massa de tomate. misture e refogue para incorporar todos os ingredientes. reserve. deixe esfriar.

importante e digno de atenção: a ervilha pode ser substituída por 2 abobrinhas médias, raladas. eu prefiro assim. neste caso, rale-as e refogue com a cebola e a massa de tomate. tome cuidado, pois, a abobrinha cozinha rápido. em seguida, proceda como com a ervilha.

escorra o pão numa peneira para eliminar o excesso de caldo. acrescente o pão escorrido ao refogado, misture, acrescente os 2 ovos batidos, e misture tudo muito bem.
religue o fogo. mexendo sempre, espere até que apareça o fundo da panela, sem deixar grudar.
coloque a massa numa forma untada com óleo, no forno pré-aquecido em temperatura quente - 210 graus - por 30/40 minutos.
retire do forno, deixe esfriar, e leve na geladeira por 2 horas. desenforme.
coma gelado - delícia!!! - com salada verde.
se preferir, coma quente. para desenformar, deixe reduzir a quentura.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

sábado, 5 de novembro de 2011

massa ao molho de queijo azul

quando penso nos queijos gorgonzola ou roquefort, os queijos azuis, imagino imediatamente em figurá-los derretidos, envolvendo alguma massa curta, contando com a colaboração de creme de leite fresco, requeijão cremoso e talos cebolinha verde bem cortados, num molho digno de um rei.

os queijos azuis mais famosos, cá pra nós, são o roquefort e o gorgonzola.

o roquefort é originário da região de rouergue/frança, tem formato cilíndrico e pesa uns 3kg, possue casca de cor clara, quase marfim, meio grudenta. seu sabor pode ser picante dependendo do tempo que dura sua maturação, e sua textura é muito macia.

o gorgonzola é de origem italiana e é maturado pelo mesmo fungo do roquefort, o mesmo que fornece, a ambos, o mofo azulado, e lhes confere a característica única e própria dos queijos azuis.
preparando:
cozinhe 1 pacote - 500g - de massa curta.
corte as cebolinhas verdes, finamente.
frite um dente de alho esmagado - opcional - em 1 colher de manteiga, numa panela ou frigideira.
sobre o alho fritado, derrame 2 copos do creme de leite fresco e 1 copo de requeijão cremoso - que seja o catupiry. movimente a panela, gire, mexa, para que o calor se espalhe e faça o creme e o requeijão começarem a borbulhar.
acrescente ao creme, o equivalente a 2 copos do queijo gorgonzola ou do queijo roquefort esfarelados. continue mexendo, sobre fogo baixo, até que todo o queijo se dissolva no creme.
tempere a massa e polvilhe a cebolinha verde picada sobre tudo.

queijos no brasil.com

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

bolo sem farinha

com criança em casa é bolo todo dia.

nos meus tempos sob tal imposição, a tarefa tinha de ser cumprida com rapidez, ou seja, enquanto o porrinha estivesse na escola.
o bate-volta era rigoroso e o leva & traz não podia perder o rítmo.
então, na vizinhança, éramos uma equipe de culinaristas ... sempre alerta!!!
as receitas borbulhavam pelos elevadores ou através da eficiente interfonada.
um dia, uma das minhas vizinhas, veio com uma tal receita de bolo sem farinha. a reação foi explosiva. mais ainda porque o tal bolo, além de abolir a farinha, era pra ser feito no liquidificador.
mãos à obra!!!
rápida, fácil, simples, do jeito que as mães sonham, e com um resultado certeiro, pra agradar a mais exigente criança.

aproveitem a receita e o resultado.

ingredientes:
4 ovos
1 lata de leite condensado - pode ser o light
1 pacote de coco ralado - 100g
2 colheres de sopa de margarina
1 colher - sopa - de fermento químico em pó
3 colheres - sopa - de achocolatado ... aquele, mais famoso

preparando:
pré-aquecer o forno em temperatura média - 180 graus.
untar uma assadeira retangular - ou redonda - com margarina e farinha de rosca.
levar todos os ingredientes pro liquidificador, menos o coco e o fermento. bater bem.
agora sim!!! diminuir a velocidade do liquidificador, acrescentar o fermento. bater até que o fermento se agregue aos outros ingredientes.
desligar, colocar o coco ralado, misturar bem, pra que fique tudo, muito bem misturado.
despejar na forma untada. estará assado quando a faca sair limpinha.

se quiser, e caso tenha utilizado a assadeira retangular, faça uma receita de brigadeiro mole, divida o bolo em duas metades, forre uma delas com parte da receita de brigadeiro mole, cubra com a outra metade, e espalhe o restante do brigadeiro. enfeite com frutas frescas ou salpique confeitos coloridos ou de chocolate.

depois, descanse!!! você criou a perfeição.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

morangos numa sobremesa fácil e irresistível - clafoutis ou flaugnarde

clafoutis é uma sobremesa francesa, deliciosa, originalmente feita com cerejas pretas.
clafoutis é uma visão entre um bolo e um creme, para ser servida morna mas, se conseguir resistir ao assédio, nada impede que seja devorada fria.
ela é tão deliciosoa e simples de fazer, que eu decidi fazer com as frutas do desejo ... morangos!!!

e foi assim que encontrei um gancho pra contar história.

o clafoutis, é a sobremesa das cerejas pretas que enchem uma massa singela disposta sobre um refratário untado com manteiga. depois de ser retirado do forno, ainda quente, todo mundo será polvilhado com açúcar.

de acordo com os ortodoxos pasteleiros da cozinha francesa, os caroços da cereja não devem ser removidos, pois, conferem ao clafoutis um sabor maravilhoso depois de assado. porém, nada nos impede de removê-los. sendo assim o clafoutis terá o sabor suavisado.

a partir do original das cerejas pretas, foram criadas variações com outras frutas. cá pra nós podem ser pessegos naturais ou em calda, maçãs, banana, manga, abacaxi cozido, gomos de laranja ou tangerina devidamente livres de sementes e peles, figos sem a casca cortados ao meio ou em quatro, ... sendo assim, o nome original sai de cena, e entra outro, tão simpático quanto, o flaugnarde, pronunciado flonharde.
ingredientes:
2 e 1/2 copos de morangos cortados ao meio
3 ovos
6 colheres - sopa - de açúcar
2 colheres - sopa - de farinha de trigo
3 gotas de essência de baunilha
1/2 xícara - chá - de creme de leite fresco

preparando:
pré-aqueça o forno em temperatura média - pra maioria, a 180 graus.

unte um refratário com manteiga, cubra a superfície untada com os morangos, dispondo-os com a face cortada virada para baixo. reserve.

com o auxílio de um fouet - o que é fouet??? saiba, aqui - bata os ovos como se fosse pra fazer omelete, junte o açúcar e bata bem.
adicione a farinha de trigo continue batendo, sempre.
acrescente a essência de baunilha e o creme de leite. vá batendo, até conseguir uma massa homogênea.
deite a massa sobre os morangos.
leve ao forno, e deixe assar por 25/35 minutos ou até dourar. faço o teste da faca, espetando o meio do flaugnarde, e quando ela sair quase limpinha, está pronto.
observação: devido à umidade da receita, a faca poderá sair molhada, porém, sem massa mole.
ao retirar do forno, ainda quente, polvilhe com açúcar cristal ou de confeiteiro.

sirva sozinho ou acompanhado de sorvete de chocolate, ou de qualquer sabor.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

domingo, 23 de outubro de 2011

bolo de iogurte

ingredientes:

atenção!!! - utilize o pote de iogurte como medida.

1 pote de iogurte natural
2 vezes a mesma medida de açúcar cristal
2 vezes a mesma medida de farinha de trigo integral
60g de manteiga/margarina derretida
gotas de baunilha
1 colher - sopa - de fermento químico em pó
1 pitada de sal
3 ovos

preparando:
pré-aqueça o forno em temperatura média - 180°c.
unte uma forma com manteiga/margarina e farinha de rosca.
na tigela da batedeira ou numa tigela grande, colocar o pote de iogurte, o açúcar e a manteiga. bater com os misturadores da batedeira, com o auxílio de um fouet ou com a ajuda de dois garfos.
adicione os ovos inteiros, a baunilha e a pitada de sal. misture bem para ligar os ingredientes.
aos poucos, adicione a farinha, misture, até obter uma massa lisa e coloque o fermento. misture com a batedeira na potência mínima.
despeje a massa na forma preparada, e asse por 35 minutos ou até que uma faca, inserida no centro do bolo, saia sequinha.

nota do assadeira: fouet - traduzido do francês significa chicote, e se pronuncia fuê - é um batedor de ovos e massas que mistura, mexe, bate, e afofa todo mundo. com ele é possível conseguir resultados ótimos, quando se precisa de uma massa bem homogênea. usar um fouet para bater massa de bolo, garante que os ingredientes se misturem com sucesso, e que haja melhor distribuição de ar na massa. o fouet ajuda a deixar o bolo mais leve e fofinho.
o fouet tem uma utilidade fundamental na cozinha, ou seja, ele substitui com vantagens inigualáveis, qualquer colher, quando ele resolve misturar a farinha e a manteiga, na panela, na hora de fazer o molho béchamel.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia